Política
Prefeitos de MS assumem com rombos milionários nas contas e até calamidade financeira

O primeiro mês de gestão de diversos prefeitos que assumiram no dia 1º de janeiro cidades do interior de Mato Grosso do Sul está sendo marcado por dificuldades financeiras. As denúncias de dívidas milionárias e rombo nas contas se acumulam com o passar dos dias. O caso mais recente é o da Prefeitura de Dourados. A gestão Marçal Filho (PSDB) anunciou débitos de R$ 169,5 milhões e apenas R$ 14 milhões em caixa.
Situação semelhante ocorreu em Aral Moreira, Naviraí e Corumbá. Em Sidrolândia e Ladário, os prefeitos Rodrigo Basso (PL) e Munir Sadeq Ramunieh (PSDB), respectivamente, anunciaram o fechamento da prefeitura para fazer o balanço das finanças. Em Coronel Sapucaia, a prefeita Niágara Kraievski (PP) denunciou ter herdado contratos de itens essenciais vencidos na área da Saúde e Educação.
Na segunda maior cidade do Estado, a secretária de Fazenda de Dourados, Suelen Nunes Venâncio, afirmou que a administração de Allan Guedes (PP) deixou como herança R$ 156 milhões em dívidas previdenciárias e precatórios, mais R$ 13 milhões de restos a pagar, que são gastos empenhados pela gestão anterior para próximo chefe do Executivo colocar em dia, outros R$ 9 milhões de encargos e consignação sobre a folha salarial paga em dezembro e R$ 1,25 milhão de dívidas com a Fundação de Serviços de Saúde.
Até o dia 15 de janeiro o município tinha R$ 14 milhões em caixa, ou seja, faltam R$ 38 milhões para honrar os compromissos financeiros de janeiro”, declarou Suelen Venâncio.
Levantamento feito pela equipe da Secretaria de Planejamento de Corumbá apontou que a administração de Marcelo Iunes (PSDB) deixou mais de R$ 34 milhões em dívidas.
A equipe do prefeito Gabriel Alves, o Dr. Gabriel (PSB), encontrou aproximadamente R$ 5 milhões em despesas que não foram apropriadas da folha de pagamento; mais R$ 24 milhões do parcelamento do Fundo de Previdência; R$ 3 milhões em férias dos professores; R$ 1,2 milhão da contratualização do hospital e R$ 860 mil do subsídio do transporte público.
O prefeito de Naviraí, Rodrigo Sacuno (PL), encontrou rombo de R$ 15 milhões nas contas da prefeitura. Para reorganizar as finanças do município, o bolsonarista pediu paciência à população para as medidas de contenção de despesa.
Ao apresentar um balanço da situação da Prefeitura Municipal de Naviraí, Sacuno revelou que as dívidas somam R$ 17,229 milhões. A antecessora, Rhaiza Matos (PSDB), deixou apenas R$ 2,2 milhões em caixa.
A situação financeira na Prefeitura de Aral Moreira levou a prefeita Elaine Aparecida Soligo (MDB) decretar situação de calamidade financeira. Os débitos somam R$ 25 milhões e a gestão decidiu “fechar” a prefeitura até o dia 7 de fevereiro para que todas as contas e contratos possam ser analisadas. O atendimento ao público está suspenso no período, e apenas serviços essenciais funcionam.
Os prefeitos Rodrigo Basso (PL), de Sidrolândia, e Munir Sadeq Ramunieh (PSDB), de Ladário, também decidiram “fechar” o Paço Municipal. O primeiro suspendeu por 100 dias o atendimento presencial e determinou que todos os setores da prefeitura devem realizar um levantamento detalhado de sua situação financeira, patrimonial e de recursos humanos.
Basso decreta contenção de despesas, com suspensão de contratações, aquisições, horas extras e concessão de benefícios. As exceções são as áreas de educação, saúde e assistência social, ou demais autorizadas pelo prefeito.Também estão proibidas horas extras extraordinárias de trabalho. Os veículos oficiais também não poderão ser usados no fim de semana ou feriado, com exceção dos serviços de coleta e conselho tutelar.
Munir Sadeq fechou a Prefeitura de Ladário por uma semana para realizar uma devassa nas contas do município em busca do que chama de “maracutaias” na gestão do ex-prefeito Iranil Soares (PP).
A prefeita de Coronel Sapucaia, Niágara Kraievski (PP), denunciou que encontrou a prefeitura com porta quebrada, sem computadores, móveis vazios e amontoados de entulhos. Além disso, a gestão anterior deixou contratos vencidos de compra de oxigênio para os postos de saúde, gás de cozinha, alimentos, merenda escolar, entre outros.
O vídeo mostrando a situação do Paço Municipal foi divulgado em 3 de janeiro, nas redes sociais da prefeita. Horas depois, na madrugada do dia 4, a casa de Niágara foi alvo de tiros de pistola calibre 9 milímetros. Os projéteis atingiram o portão da residência, seu carro, o banheiro e um dos quartos, que “graças a Deus não tinha ninguém dormindo”.
Por O Jacaré
Política
Michelle Bolsonaro embarca para os EUA para posse de Trump

Na manhã deste sábado (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve no aeroporto de Brasília para acompanhar sua esposa, Michelle Bolsonaro, que embarcou para os Estados Unidos. Michelle foi convidada para a posse do presidente dos EUA, Donald Trump.
Antes de embarcar, Michelle conversou com jornalistas e, ao lado do ex-presidente, afirmou: “Deus vai ter misericórdia da nossa Nação. Meu marido está sendo perseguido. Mas, assim como aqueles que Deus envia, serão perseguidos”.
Bolsonaro também foi convidado para a cerimônia, mas o ministro do STF, Alexandre de Moraes, negou seu pedido para reaver o passaporte, que está apreendido desde fevereiro de 2023 devido a investigações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado.
Política
Bolsonaro espera que Trump ajude a reverter sua inelegibilidade

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado (18) esperar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajude com sua inelegibilidade no Brasil. Ele, contudo, não detalhou como isso poderia ser feito.
Bolsonaro falou com jornalistas no aeroporto de Brasília, após deixar Michelle Bolsonaro. A ex-primeira-dama embarcou para a posse do presidente americano, que ocorre na segunda-feira (20).
Em mais de um momento, Bolsonaro se emocionou ao mencionar que não participaria da posse do presidente dos Estados Unidos.
“[Trump] já tem influencia no mundo todo da presença dele. Primeiros-ministros que estão caindo, Hamas fazendo acordo, o [Justin] Trudeau renunciou. No México, grandes apreensões foram feitas. Gostaria de apertar a mão dele, não daria pra conversar”, disse.
“Mas, com toda certeza, se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades politicas, como essas duas minhas que eu tive”, completou.
Questionado sobre como isso poderia ser feito, Bolsonaro disse: “Só a presença dele, o que ele quer, só ações. Não vai admitir certas pessoas pelo mundo perseguindo opositores, o que chama de lawfare, que ele sofreu lá. Grande semelhança entre ele e eu. Também sofreu atentado. […] Não vou dar palpite nem sugestão, ele sabe o que esta acontecendo”
Bolsonaro está impedido de concorrer até 2030 em razão de duas decisões do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) relacionadas a ataques infundados ao sistema eleitoral e ao uso político do 7 de Setembro. Uma reversão dessa situação só seria possível com uma série de decisões improváveis da Justiça.
Na esfera criminal, ele foi indiciado, em novembro passado, por suspeita de envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse de Lula.
Legalmente, um outro país não tem qualquer ingerência sobre o sistema jurídico brasileiro.
O ex-presidente disse ainda esperar que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), não coloque o obrigue a usar uma tornozeleira eletrônica para “humilhar de vez”. Moraes é relator dos processos que têm Bolsonaro na mira no STF.
“Eu sou preso politico, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que a sua Excelência não queira colocar em mim, para humilhar de vez, uma tornozeleira eletrônica. Estou sim constrangido. Queria estar acompanhando minha esposa”, disse
Bolsonaro disse ainda que o seu filho deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) havia acertado encontros com chefes de Estado nos Estados Unidos. Como ele não viajará, perdeu as reuniões. O ex-presidente não disse, contudo, com quem elas seriam. Ele disse ainda que há conversas com secretários de Trump, sem mencionar nenhum especificamente.
Antes de embarcar para os Estados Unidos, Michelle disse que seu marido é o maior líder da direita no país e que sofre perseguição.
“Meu marido está sendo perseguido, mas assim como aqueles que Deus envia serão perseguidos, a gente sabe disso. Espero que deus tenha misericórdia da nossa nação, do meu marido. Foi maior líder da direita que elegeu, ‘inelegível’, mas que elegeu maior número de vereadores e prefeitos. E não seria diferente certo medinho que eles têm do meu marido”, disse.
Na sexta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes negou recurso da defesa de Bolsonaro e manteve sua decisão de negar a ele o pedido para reaver o seu passaporte e autorizar sua ida à posse do presidente eleito Donald Trump nos Estados Unidos.
O ministro afirmou que adotou a posição “por seus próprios fundamentos” e encaminhou o caso à PGR (Procuradoria-Geral da República) para uma manifestação, no prazo de cinco dias. Trump, porém, tomará posse na segunda-feira (20).
O pedido inicial de Bolsonaro havia sido negado na quinta-feira (16). O ministro mencionou a existência de risco de fuga do ex-presidente, indiciado em casos como o da trama golpista de 2022.
Moraes justificou que Bolsonaro já se manifestou publicamente a favor da fuga de condenados por crimes e da permanência deles como foragidos no exterior, em especial na Argentina.
Ele também considerou que não foi juntado aos autos nenhum documento que comprovasse a veracidade do convite realizado pelo presidente eleito dos EUA a Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro recorreu da negativa afirmando não haver “qualquer indício” de pretensão do ex-presidente de descumprir a legislação, considerando que ele tem cumprido as medidas cautelares impostas.
Os advogados do ex-presidente justificavam a pertinência da viagem afirmando que a posse do presidente eleito é um “evento de notória magnitude política e simbólica e o convite para comparecer à sua cerimônia encontra-se carregado de significados e implica em diversos aspectos importantes, tais como o reforço de laços e o fortalecimento das relações bilaterais entre os países mediante o diálogo entre dois líderes globais”
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