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Caixa divulga resultado da seleção de projetos para programação de 2025 dos sete espaços culturais

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A CAIXA divulgou o resultado da Seleção CAIXA Cultural – Programação 2025. Foram selecionados 138 projetos culturais com investimento de R$ 51 milhões. Alguns projetos acontecerão em mais de uma cidade, desdobrando-se em 202 eventos culturais.

Os projetos irão compor a programação das sete unidades da CAIXA Cultural localizadas em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo entre janeiro e dezembro de 2025. A lista completa dos projetos selecionados está disponível em Seleção CAIXA Cultural.

De acordo com as estimativas das produções, a pauta tem potencial de geração de 10.673 postos de trabalhos (diretos e indiretos) para a execução dos projetos.

45 anos da CAIXA Cultural

Em 2025, a CAIXA Cultural completa 45 anos de existência, data que marca a fundação do espaço em Brasília, que ocorreu em 12 de agosto de 1980. Na sequência, em 1987, foi inaugurada a unidade no Rio de Janeiro, seguida por São Paulo em 1989, Salvador em 1999, Curitiba em 2004, e finalmente Recife e Fortaleza, ambas em 2012.

Ao longo dos anos, diversas atrações de renome fizeram história nos palcos e galerias dos espaços. Entre alguns artistas que já se apresentaram estão Vera Holtz, Jonas Bloch, Luís Melo, Paulo José, Erasmo Carlos, Tom Zé, Elza Soares, Jorge Mautner, Ron Carter, Arnaldo Antunes, Aldir Blanc, Fafá de Belém, Marina Lima, Toquinho, Nelson Sargento, Marcos Valle, entre outros. Nas exposições, destacam-se Di Cavalcanti, Jean-Baptiste Debret, Farnese de Andrade e Miró, entre outros.

Nos últimos 12 meses, as unidades da CAIXA Cultural realizaram 37 espetáculos teatrais, 66 espetáculos musicais, 14 mostras de cinema, 17 espetáculos de dança, 16 evento de vivências e 40 exposições de artes visuais, além dos projetos de arte-educação promovidos pelo Programa Educativo CAIXA Gente Arteira. De janeiro a outubro de 2024, quase 600 mil pessoas visitaram os espaços.

Seleção CAIXA Cultural

A CAIXA adota, há mais de uma década, uma seleção pública para identificação de projetos culturais que visam a compor a programação das unidades da CAIXA Cultural.

A seleção é aberta para inscrição nacional de projetos culturais nos segmentos de artes visuais, cinema, dança, música, teatro e vivências (encontros, ciclo de debates e palestras e outros projetos de arte integrada) e possibilita a circulação da produção artística pelo país. Além disso, promove a formação de plateia por meio do acesso gratuito ou cobrança de ingressos a preços acessíveis e de atividades de arte-educação.

As ações da CAIXA de apoio à cultura valorizam expressões culturais diversificadas e hábitos culturais, incentivando a participação do público de forma ativa, com experiências diferenciadas e momentos colaborativos.

A programação completa da CAIXA Cultural pode ser conhecida em www.caixacultural.gov.br .

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Brasil

Final de semana de Black Friday movimenta mais de R$ 8 bilhões no e-commerce brasileiro 

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Entre quinta-feira (28), às 00h, e a manhã deste domingo (1), às 6h59, o e-commerce brasileiro registrou mais de R$ 8 bilhões em transações no final de semana de Black Friday, com um ticket médio de R$ 555,17 – redução de apenas 0,8% frente a 2023. Em comparação ao último ano, o faturamento teve um aumento de 11%. Houve também alta no volume de pedidos, que atingiu 14,4 milhões, 12% maior que o mesmo período do ano passado. Os dados são da plataforma Hora a Hora, da Confi.Neotrust, empresa de inteligência de dados, em parceria com a ClearSale, referência em inteligência de dados e soluções para prevenção a riscos.

No âmbito das fraudes, até às 6h deste domingo, o comércio eletrônico já registrou cerca de 23 mil tentativas, totalizando aproximadamente R$ 36,6 milhões em golpes evitados. O valor representa uma queda percentual de 14,5% em relação a 2023. Nesse intervalo, as cinco categorias com maior impacto financeiro foram: instrumentos musicais (4,33%), games (3,79%), informática (2,38%), eletrônicos (2,02%) e celulares (1,98%). O ticket médio das fraudes foi de R$ 1.592,89, um aumento de 15% comparado a 2023. Os resultados refletem suspeitas de fraude; os números são dinâmicos e podem sofrer alterações após um período, quando ocorre a confirmação da tentativa.

“O crescimento expressivo no faturamento e no volume de pedidos desta Black Friday é fruto de um consumidor brasileiro que está cada vez mais digital. A data deixou de focar apenas em grandes compras, como TVs e celulares, e agora inclui itens do dia a dia, como mercado e delivery. Além disso, a feira de ofertas coincidiu com o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro, o que impulsionou ainda mais o consumo. Porém, apesar da redução nas tentativas de golpe, o ticket médio das fraudes continua alto e maior que no ano passado, exigindo atenção redobrada, especialmente neste final de semana”, comenta Matheus Manssur, superintendente comercial da ClearSale.

Ainda segundo o levantamento da plataforma Hora a Hora, os cinco produtos mais vendidos no período foram: eletrodomésticos (16,6%), eletrônicos (11,6%), telefonia (9,9%), moda e acessórios (7,2%) e ar e ventilação (6,5%). No e-commerce, os meios de pagamento mais utilizados foram o cartão de crédito (62,5%), seguido por PIX (25,5%), boleto bancário (7,9%) e outros (4,1%), que incluem e-wallets, cashback, débito e vales.

Em relação ao perfil do consumidor, o público feminino foi responsável pela maioria das transações no período (50,8%), seguido por homens (49,2%). Quanto à faixa etária, a plataforma indica que a maior parte das compras foi realizada por pessoas entre 36 e 50 anos (41,2%), seguidas por consumidores de 26 a 35 anos (31,3%), acima de 51 anos (18,1%) e até 25 anos (9,4%).

“Após uma Black Friday 2023 marcada por retração, o cenário do varejo digital brasileiro passou por uma transformação significativa. Os grandes players se consolidaram e profissionalizaram, elevando o nível da experiência de compra, com melhorias na eficiência logística e estratégias de marketing mais agressivas. Atualmente, o e-commerce representa cerca de 10% do varejo nacional, um percentual ainda distante dos 16% observados no mercado norte-americano. Isso evidencia um vasto potencial de crescimento para os próximos anos”, analisa Juliana Lorenzetti, diretora de Growth da Neotrust.

Monitoramento Hora a Hora  

Para acompanhar os movimentos e ajudar empresas e consumidores, as companhias estão monitorando as tentativas de fraudes e outros indicadores do varejo eletrônico brasileiro durante a Black Friday. O monitoramento é feito via site oficial, diariamente durante todo o mês de novembro, e atualizado de hora em hora entre os dias 28 de novembro e 1 de dezembro.

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Brasil

 “Fizemos história pelas crianças no G20”, diz adolescente em evento inédito da Save The Children e Plan International Brasil

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Ynara, Julia, Wellington Dias, Rotimy Djossaya, Felipe Hess, Macaé Evaristo, Mongezi Mnguni, Maria Eduarda e Renato Godoy. Crédito: Rafael Oliveira

Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2024 – A Cúpula Social do G20 começou na última quinta-feira (14/11), no Rio de Janeiro, e as organizações Save the Children e Plan International Brasil promoveram o “Evento de Alto Nível: G20 e os Direitos de Crianças e Adolescentes”, no Espaço Kobra, no Boulevard Olímpico, Centro do Rio de Janeiro. Pela primeira vez em 25 anos de história do G20, crianças e adolescentes tiveram voz ativa para compartilhar suas preocupações e prioridades diretamente com líderes globais através de uma carta produzida em conjunto com mais de 50 mil jovens de 60 países da América Latina, Caribe, África, Ásia e Europa. Entre os representantes de países do G20, Mongezi Mnguni, Diretor de Desenvolvimento Econômico do Departamento de Relações Internacionais e Cooperação e Coordenador do G20 para a África do Sul, destacou o evento como um compromisso com o futuro e prometeu levar em consideração todas as questões da carta ao seu país. 

Também estiveram presentes à cerimônia a Ministra dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Macaé Evaristo; o Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias; o diretor de Programas e Advocacia da Plan International Brasil, Flavio Debique; o diretor Executivo de Política Global, Advocacia e Campanhas da Save the Children, Rotimy Djossaya; o gerente de Relações Governamentais do Crianças no G20, Renato Godoy; a Sherpa do C20 no Brasil, Alessandra Nilo; o sub-Sherpa do G20 no Ministério das Relações Exteriores, Felipe Hess

É a primeira vez que crianças e adolescentes participam de fato desse processo. Testemunhamos um momento histórico. A Save the Children e a Plan International Brasil junto com 20 organizações nacionais e internacionais do grupo Crianças no G20 fizeram esforços para consultar 50 mil crianças de 60 países do mundo sobre suas recomendações para líderes do G20”, afirma Karina Gomes, diretora de Advocacy e Parcerias da Save the Children no Brasil.

As adolescentes Maria Eduarda, 16, participante de projetos da Plan International Brazil; Ynara e Júlia, 17, integrantes da Oficina de Comunicação em Direitos do Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes do Rio de Janeiro (CEDECA-RJ), organização parceira da Save the Children, moderaram o evento e representaram as crianças e os adolescentes. “Nós, crianças e adolescentes de várias partes do mundo, apresentamos essa carta para exigir o reconhecimento dos direitos das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e econômica. Suas decisões moldam o presente e o futuro que herdamos, e não podemos aceitar que nossas necessidades e aspirações sejam ignoradas”, afirmou Julia.

INSEGURANÇA ALIMENTAR, INJUSTIÇA RACIAL E POBREZA ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DOS JOVENS

A carta se divide por temas como ação climática imediata, combate à fome e à pobreza, participação política efetiva, equidade econômica e investimentos justos, além de igualdade de gênero e justiça étnico-racial. Entre as recomendações solicitadas, estão a redução de emissões de gases de efeito estufa e a proteção das florestas a partir do envolvimento das crianças e adolescentes nas decisões climáticas aos níveis local, nacional, regional e global. Em relação à insegurança alimentar, elas reforçaram a criação de políticas que garantem alimentos e assistência para crianças em situação de rua ou deslocadas. “Queremos uma infância em que lutar pela sobrevivência não seja nossa primeira lição de vida. A insegurança alimentar não é uma estatística distante para nós; é uma realidade cruel”, enfatiza Maria Eduarda.

Também são exigidos investimentos em educação e apoio às famílias dos jovens, para que tenham condições e possibilidade de construir um futuro digno, além de combate a estereótipos de gênero, etnia e raça por meio da educação e do apoio econômico de políticas públicas a grupos vulnerabilizados. “Queremos que a infância e a adolescência sejam preservadas em sua plenitude e paz. Esse é o mínimo para construir um presente e um futuro mais justo e um planeta mais sustentável, em que possamos crescer saudáveis e em segurança”, conta Julia.

“AS CRIANÇAS SÃO OS GOVERNANTES DO FUTURO”

Não podemos normalizar a pobreza, a desigualdade e a exclusão social”, ressaltou a Ministra dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Macaé Evaristo. “Gostaria de reafirmar a alegria do governo brasileiro em acolher as muitas vozes das crianças de diferentes lugares do mundo nesse momento do G20, que inaugura o G20 Social para trazer ampla participação popular a fim de pensar desafios, soluções e questões do nosso planeta. Ao longo dos últimos 34 anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe avanços significativos. O governo brasileiro assumiu compromisso para pôr fim à violência contra crianças e adolescentes. Na Colômbia, mais de 100 países firmaram compromisso público para enfrentar a violência contra crianças. Estou aqui mais para ouvir do que para falar. Recebi o convite do Save The Children, que atua há mais de um século no direito das crianças, para receber essa carta das crianças, que são os governantes do futuro, que suas solicitações sejam seguidas por quem está no governo do presente para construirmos o planeta do futuro.”

O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, que lidera a Aliança Global Contra a Fome, cujo lançamento acontece na Cúpula de Líderes na próxima semana, reforçou sobre seu trabalho de educação integral:

“Temos feito um esforço para trabalhar de forma integrada a educação e a alfabetização. Preocupados com a evasão escolar, lançamos o programa Pé de Meia. Como diz o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não podemos dormir tranquilos sabendo que crianças e adolescentes não conseguem dormir pois não têm um copo de leite ou pão. Eu destaco na lista de prioridades a primeira infância e a alimentação escolar. Queremos melhorar a situação de crianças e adolescentes em todo o Brasil. Contem com o Brasil”. 

AÇÃO REUNIU 50 MIL CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 60 PAÍSES 

A carta apresentada pelas três adolescentes foi fruto de um trabalho conjunto de mais de 50 mil crianças e adolescentes de 60 países, que participaram de uma consulta global conduzida pela Save the Children e pela Plan International no Brasil, em parceria com Joining Forces, Movimiento Mundial por la Infancia (MMI-LAC) e Crianças no G20. O diretor de Programas e Advocacy da Plan International Brasil, Flavio Debique, refletiu sobre a importância de ouvir os outros países que não estão participando do G20:

“Queremos que esse espaço se mantenha não só na África do Sul ano que vem, mas em todos os espaços. A Plan e a Save the Children junto com a Join Forces e o Movimento Mundial Pela Infância fizeram uma consulta global a mais de 50 mil crianças. É importante lembrar a importância do desenvolvimento sustentável para as futuras gerações, mas é essencial notar que as futuras gerações já nasceram e a humanidade tem uma dívida com essas crianças e adolescentes. Citando Gabriela Mistral ‘para as crianças o futuro é hoje’.  Os países que não estão no G20 também precisam ser ouvidos”.

Também esteve presente na mesa “G20 e o Direito dos Adolescentes” o diretor Executivo de Política Global, Advocacia e Campanhas da Save the Children, Rotimy Djossaya, que compartilhou que todos precisam ouvir mais as crianças e adolescentes e que todos os governos federais, estaduais ou municipais sejam mais transparentes em relação a suas atividades e prioridades direcionadas ao grupo:

“Estou orgulhoso de estar aqui. Gostaria de agradecer a todos por priorizar essa agenda, estamos falando de crianças, adolescentes, presente e futuro. Eles precisam ser ouvidos e têm muito a dizer. E não apenas temos que ouvi-los, mas amplificar suas vozes. Gostaria de parabenizar o Brasil e a África do Sul. O que precisamos para as crianças é assegurar que o governo diga-as o que vem sendo realizado e o que elas veem como prioridade. Se o mundo se transformar em um lugar melhor para crianças e adolescentes será um espaço melhor para todos. Isso representa o que crianças e adolescentes são capazes de fazer se apenas acreditarmos neles.”

MOVIMENTO CRIANÇAS NO G20

O gerente de Relações Governamentais do Crianças no G20, Renato Godoy, apresentou o Policy Pack, que apresenta sete grandes eixos de defesa dos direitos das crianças e adolescentes, além de um vídeo que chamava a atenção para o momento presente de colocar as crianças no centro das decisões.

“Gostaria de cumprimentar a Alessandra Nilo [Sherpa do G20 no Brasil] por toda a sua liderança à frente do G20 social. Cabe a nós, organizações e movimentos que defendem os direitos de crianças e adolescentes, garantirmos que a participação delas no G20 seja efetiva. Nosso objetivo não se encerra nem no Rio, nem na África do Sul, mas queremos expandir cada vez mais, com os olhos voltados para o sul global onde estão as crianças em maior vulnerabilidade. Nós procuramos apresentar algumas saídas, como a criação de uma liderança global no G20 para que as crianças sejam prioridade. Criamos sete recomendações em sete grandes eixos pensando também no aspecto ambiental e na hipervulnerabilidade de crianças negras, indígenas e deficientes.”

Junto a eles, Sherpas do G20 no Brasil (representantes dos chefes de Estado e de governo dos países membros do grupo) trouxeram o olhar para o grupo Crianças no G20, como Alessandra Nilo.

“O C20 é um grupo responsável por reunir a sociedade civil organizada que luta pelos direitos. Quando li as recomendações das crianças, fiquei feliz de ver como elas são alinhadas com o que buscamos. O C20 foi formalizado em 2013. Esse grupo de crianças traz um diferencial. É uma fase de formação política e no Brasil estamos perdendo essas crianças para a pobreza e para a cultura de violência. Uma das grandes preocupações do C20 é garantir um espaço seguro para essas crianças que não estão seguras dentro de suas próprias casas. Precisamos pensar em estratégias para esses adultos e estabelecer um ciclo de cuidados que as crianças precisam. Queremos formar crianças para serem cidadãos de direito com pensamento crítico e propositivo. Precisamos construir esse ativismo desde a infância.”

Durante a cerimônia foi exibido um vídeo do vice-presidente do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, Luis Pedernera, que não pôde estar presente no evento e partilhou seu agradecimento por esse espaço protagonizado pelas próprias crianças e adolescentes.

PARCERIA COM A ÁFRICA DO SUL

Representando a África do Sul, o diretor de Desenvolvimento Econômico do Departamento de Relações Internacionais e Cooperação e coordenador do G20 para a África do Sul, Mongezi Mnguni, revelou que levará as recomendações da carta ao país. “Gostaria de aproveitar a oportunidade para saudar os ministros presentes aqui hoje, Wellington Dias e Macaé Evaristo, para discutir quais são as questões mais importantes das crianças. Vejo esse evento como um compromisso com o futuro. Você não pode falar do futuro sem trazer para a conversa crianças e adolescentes. Estamos falando de futuros líderes. A África do Sul vai levar essas questões da carta em consideração, eu garanto. Garantir que o planeta seja sustentável para futuras gerações”. 

O sub-Sherpa do G20 no Ministério das Relações Exteriores, Felipe Hees, concluiu:

“É uma honra falar da importância dos direitos das crianças e adolescentes ao lado dos outros participantes. É necessário ouvir pois não existem governos abstratos. Como a ministra [Macaé Evaristo] falou: ‘são os governantes do futuro falando com os de agora’. É um prazer fazer parte do G20 Social que é uma iniciativa pioneira e estou muito contente em saber que a África do Sul vai continuar nessa parceria”

ÍNTEGRA DA CARTA:

“Nós, crianças e adolescentes de várias partes do mundo, apresentamos essa carta para exigir o reconhecimento dos direitos das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e econômica. Suas decisões moldam o presente e o futuro que herdamos, e não podemos aceitar que nossas necessidades e aspirações sejam ignoradas.

Nossas recomendações a líderes do G20 são claras:

1. Ação climática imediata: O impacto das mudanças climáticas é brutal e presente. Secas, queimadas, inundações e poluição destroem nossa saúde física e mental, ameaçam nosso acesso à água limpa e comprometem nossa alimentação, especialmente em comunidades vulneráveis. Exigimos que o G20 atue com prioridade na redução de emissões de gases de efeito estufa, na proteção das florestas e que nos envolva nas decisões climáticas aos níveis local, nacional, regional e global. Nós sentimos na pele a urgência de agir — vocês também deveriam.

2. Combate à fome e à pobreza: A insegurança alimentar não é uma estatística distante para nós; é uma realidade cruel. Crianças negras, indígenas e de comunidades rurais e as meninas sofrem desproporcionalmente com a falta de alimento e oportunidades de estudo. Exigimos políticas que garantam alimentos e assistência para crianças em situação de rua ou deslocadas. Queremos uma infância em que lutar pela sobrevivência não seja nossa primeira lição de vida.

3. Participação política efetiva: Não toleramos mais sermos ignorados e ignoradas. Participamos de reuniões e discussões, mas nossas propostas são frequentemente desconsideradas. Exigimos espaços reais de formação e participação política, acesso à tecnologia e envolvimento em todas as decisões políticas que nos impactam diretamente, inclusive a nível global.

4. Equidade econômica e investimentos justos: A pobreza e a desigualdade nos impedem de crescer com dignidade e oportunidades iguais. Exigimos investimentos robustos em educação e apoio às nossas famílias, para que possamos construir um futuro digno.

5. Igualdade de gênero e justiça étnico-racial: Meninas, crianças e adolescentes negras e negros, indígenas e de comunidades tradicionais enfrentam violência e exclusão diariamente. A educação deve combater estereótipos, e as políticas públicas precisam apoiar economicamente esses grupos. Não toleraremos desigualdade.

Esperamos que esta carta convoque cada um de vocês para a responsabilidade de agir. Exigimos uma transformação real no sistema educacional, equidade, erradicação da fome e da pobreza, justiça climática e programas de financiamento que priorizem o bem-estar de cada criança e adolescente. Queremos que a infância e a adolescência sejam preservadas em sua plenitude e paz. Esse é o mínimo para construir um presente e um futuro mais justo e um planeta mais sustentável, em que possamos crescer saudáveis e em segurança.

 

Com a força de nossa voz e a firmeza de nossa esperança,

Crianças e Adolescentes da América Latina, Caribe, África, Ásia e Europa”

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