Mato Grosso do Sul
Maior controle da tuberculose dentro e fora das prisões faz de MS referência nacional

Mato Grosso do Sul celebra um marco histórico no combate à tuberculose nas unidades prisionais. O projeto “Estratégias de Controle da Tuberculose nas prisões” – uma parceria entre a Agepen/MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), SES (Secretaria Estadual de Saúde), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e instituições internacionais como a Universidade de Stanford – realizou mais de 13 mil atendimentos aos reeducandos da capital nos últimos dois anos, detectando e tratando 473 casos da doença.
Essa iniciativa inovadora, que existe há mais de uma década em Mato Grosso do Sul, vem transformando a forma como a tuberculose é enfrentada nos presídios da capital e busca a identificação de estratégias de busca ativa e rastreamento de contatos para controle da tuberculose nas prisões brasileiras.
De acordo com uma das coordenadoras do projeto, a médica infectologista Mariana Croda, o trabalho contribuiu para o estado ter reconhecimento pelo Ministério da Saúde, nos índices de controle e tratamento da tuberculose na população em geral. “Ter essa atenção específica à população carcerária beneficia a comunidade como um todo, diminuindo a transmissão da doença para a comunidade”, explica a infectologista, que está à frente do projeto juntamente com o infectologista Júlio Croda e equipe.
Conforme Mariana, por conta desse destaque, o estado recebe visitas de outras secretarias penitenciárias do país para conhecer de perto o funcionamento do projeto. O trabalho consiste na triagem em massa de toda a população carcerária das unidades penais atendidas, com o preenchimento de questionário preliminar, coleta de escarro e exames de raio-X.

Uma medida importante é que a triagem acontece na porta de entrada, assim que um interno chega à unidade e, também a cada quatro meses, independente de sintomas ou não. Por se tratar de uma doença de fácil transmissão, o foco é promover a conscientização, principalmente no que se refere aos sintomas e formas de tratamento.
Pesquisa inédita realizada pela Fiocruz em parceria com instituições da Argentina, Brasil, Colômbia, Peru e Estados Unidos, foi divulgada em outubro do ano passado, e revela que o encarceramento é o principal fator de risco da tuberculose na América Latina. “Por isso, a atenção específica a essa população é a nossa prioridade”, destaca a médica.
A SES disponibiliza a equipe técnica da Vigilância em Saúde para auxílio de rastreio de casos e também o parque tecnológico do Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) para o desenvolvimento de pesquisa.
“Temos ainda o apoio do laboratório da UFMS e cerca de 40 profissionais de saúde envolvidos, que formam uma equipe multiprofissional, para dar andamento às atividades”, explica a coordenadora de campo da equipe, Alessandra Moura da Silva.
O projeto é de aceitação voluntária e o tratamento é oferecido, com a entrega de medicação mensalmente.
Dentre os diferenciais, está a busca ativa não só do sintomático e sim da triagem de todos precocemente. Além disso, o fluxo de atendimentos também foi aprimorado, sem demandar escoltas e corpo de segurança. “Ter o aparelho móvel fez toda a diferença e nos permitiu ampliar os atendimentos em outras unidades penais”, explica Alessandra.
Educação e Prevenção
Agora o grande desafio é o treinamento dos reeducandos, assim como já foi concluído com os profissionais de saúde das unidades penais envolvidas. “Montamos um comitê comunitário e a gente ouve os internos e a proposta é fazer uma educação em saúde para eles, esta será uma medida inovadora que vamos iniciar este ano”, revela dra Mariana.

Para a chefe da Divisão de Assistência à Saúde Prisional da Agepen, Rita Luciana Domingues da Silva, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para reduzir os índices de incidência da doença nos presídios. “Tratar a tuberculose na população prisional não é apenas uma questão de saúde pública, mas também de direitos humanos. Garantir assistência médica adequada demonstra o compromisso do Estado com a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas, independentemente de sua situação jurídica”, afirma.
Atualmente, o projeto é realidade em todas as unidades penais do Complexo do Jardim Noroeste e, desde agosto do ano passado, vem sendo desenvolvido em todo o Complexo das Gameleiras, Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual e Patronato Penitenciário de Campo Grande. Anteriormente, o projeto também aconteceu na Penitenciária Estadual de Dourados.
“Desta forma, fechamos o ciclo sem interromper o tratamento. Inclusive, com apoio da Secretaria de Saúde do Município, se for preciso, eles vão até a casa do paciente. O sucesso do trabalho é graças à integração de diferentes instituições, todos trabalhando de forma muito afinada e é muito importante a continuidade desse trabalho, para controlar a incidência da tuberculose nas unidades prisionais do estado”, reforçou a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves.
Também participou da entrega do relatório de atividades o médico infectologista José Bampi, que realiza acompanhamento dos internos e a assessora da DAP, Maridiane Coutinho Echevarria.

Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Em Brasília, MS recebe selo ouro pelo Compromisso Nacional Criança Alfabetizada

Premiação foi recebida pelo secretário de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, Hélio Daher, ao lado de gestores estaduais, municipais e distritais de todo o País.
Mato Grosso do Sul recebeu a classificação “ouro” do Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, em evento realizado na tarde de ontem (10), em Brasília (DF). Instituído pelo Decreto Presidencial nº 12.191/2024, o selo foi lançado em setembro do ano passado e integra o CNCA (Compromisso Nacional Criança Alfabetizada).
Representando o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, esteve presente no evento para receber a premiação ao lado de gestores estaduais, municipais e distritais de todo o País, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação, Camilo Santana, entre outras autoridades.
“Essa homenagem é reflexo do nosso compromisso efetivo com a alfabetização e receber essa premiação é o reconhecimento do trabalho das nossas escolas em todo o Estado. Parabéns aos envolvidos nessa conquista e parabéns pela dedicação de cada uma das nossas escolas! Seguimos trabalhando pela qualidade da Educação da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul”, destacou Daher.
Ao todo, 27 estados e mais de 4,6 mil municípios se inscreveram para concorrer ao selo. Deles, 13 estados, o Distrito Federal e 2.592 municípios alcançaram o selo “ouro”, enquanto nove estados e 1.062 municípios alcançaram o selo “prata”. O selo “bronze” será concedido para três estados e 533 municípios. O resultado final foi divulgado em dezembro de 2024.
Além de Mato Grosso do Sul, foram contemplados com o selo “ouro” os estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins, além do Distrito Federal. O selo “prata” foi para os estados Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Já o selo “bronze” foi para Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em MS, 38 municípios ganharam o selo “ouro”, 20 conquistaram o selo prata e três o bronze.
Sobre o Selo
Premiação entregue aos estados, o selo busca reconhecer os esforços e as iniciativas exitosas de gestão das secretarias de Educação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na formulação e implementação de políticas, programas e estratégias que assegurem o direito à alfabetização das crianças.
Para conquistar o selo, as secretarias de Educação precisaram atender uma série de pré-requisitos, apresentando documentos comprobatórios das ações realizadas, de acordo com a proposta do CNCA.
A entrega da premiação será realizada anualmente e se tornará a primeira fase do reconhecimento de boas práticas de estados e municípios. Segundo o Governo Federal, neste ano de 2025, após os resultados do ano letivo de 2024 serem sistematizados e divulgados, o MEC realizará uma segunda premiação, focada no reconhecimento de quem cumpriu as metas definidas para o CNCA, expressas no percentual de crianças alfabetizadas.
Iniciativa Nacional
Lançado em junho de 2023, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é realizado em regime de colaboração entre a União e os entes federados, que foram convidados a aderir ao CNCA. Todos os estados e o Distrito Federal aderiram à política, além de 99,8% dos municípios (5.558).
O intuito é garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, conforme previsto na Meta 5 do PNE. Foram estabelecidas metas anuais no CNCA (período 2024-2030) em nível nacional e para cada estado, município e escola. A meta nacional é assegurar que, até 2030, no mínimo 80% das crianças brasileiras sejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental.
O CNCA busca, ainda, garantir a recomposição das aprendizagens. Seu foco é a alfabetização de 100% das crianças matriculadas no 3º, 4º e 5º ano, tendo em vista o impacto da pandemia para esse público. O Compromisso não propõe uma resposta única ou centralizada para todo o país. Cada estado, em colaboração com seus municípios, ficou responsável pela elaboração da política de alfabetização do território de acordo com as suas especificidades.
Comunicação SED
Fotos: Divulgação
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
MS amplia exportações e saldo da balança comercial sobe quase 10% em janeiro

Mato Grosso do Sul teve um salto de quase 9,5% no superávit da balança comercial no mês de janeiro, atingindo US$ 529 milhões. As exportações também avançaram no mês passado com alta de 0,9% no valor, somando US$ 739 milhões, segundo dados divulgados ontem (10) na Carta de Conjuntura Comércio Exterior da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
Entre os principais produtos exportados, a celulose liderou a pauta, representando 53,3% do valor total das exportações, somando US$ 394,1 milhões. Em seguida, destacou-se a carne bovina, com 13,9% de participação, com US$ 102,5 milhões. As receitas com a celulose subiram 186,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na análise dos setores exportadores de Mato Grosso do Sul, a Indústria de Transformação cresceu 51,9% em valor e 47,8% em volume. Em contrapartida, a Agropecuária caiu 86% em movimentação e 85,7% em volume. A Indústria Extrativa também apresentou retração, com 25,3% no rendimento. Outros produtos tiveram a maior alta, com 11.411% na receita e 3.232% em volume.
A economista Bruna Mendes, coordenadora de economia da Semadesc, destaca que MS tem exibido um sólido desempenho nas exportações, impulsionado por commodities e produtos agrícolas.
“O constante superávit comercial destaca a capacidade econômica do estado. As exportações aumentaram de US$ 383,4 milhões em 1997 para US$ 10,6 bilhões em 2023, com um avanço significativo a partir de 2005 na série histórica”, comentou.
De acordo com o secretário de Estado, Jaime Verruck, o resultado é um reflexo da política de desenvolvimento do Governo.
“O balanço de exportações de Mato Grosso do Sul, ele começa a refletir exatamente toda a política de desenvolvimento industrial e agroindustrial do Governo Riedel. Primeiro, nós tivemos um resultado positivo de ampliação das exportações, avanço das exportações da agroindústria, da indústria de transformação sul-mato-grossense. Eu acho que isso é um ponto crucial, um crescimento em 51% em relação ao mesmo período ano passado”, salientou.
Ele reforça que o resultado da indústria foi impulsionado pela cadeia da celulose. “Este desempenho positivo é foi puxado também pelo início das atividades da Suzano de Ribas do Rio Pardo, e o destaque das exportações pra China, que permanece com o nosso principal cliente, com 41% do total exportado e algumas questões importantes no sentido de saída de produtos”, acrescentou.
No contexto regional, Três Lagoas lidera com uma participação de 31,1% no valor total exportado, registrando um aumento de 30,8% em relação ao ano anterior. Ribas do Rio Pardo em segundo lugar, teve fatia de 25,1%, e Campo Grande com 6,5%. O município de Ribas do Rio Pardo, por outro lado, destacou-se com um aumento de 5.933% em relação ao mesmo período do ano passado.
Destino
Em termos de destino das exportações, a China permanece como o principal destino dos produtos do MS, representando cerca de 41,7% no valor total. Em destaque nas exportações do MS, a Itália que possui um aumento de 245,5% e Bangladesh com 497,2%, ambos comparados com o mesmo período de 2024.
No quesito de portos utilizados para a exportação por Mato Grosso do Sul, o Porto de Santos é a principal saída dos produtos exportados em janeiro de 2025, representando 60,4% do total exportado pelo Estado. Em seguida vêm o Porto de Paranaguá, com uma participação de 20,9%.
“O Porto de Santos começa nesse período que ainda não temos a safra de soja, sendo o principal porto. Então acho que é relevante o aumento das exportações tem um reflexo direto na questão do crescimento do PIB do Mato Grosso do Sul, que tem essa previsão de 4.4% ao ano e consequentemente demonstra também o quanto que a política de desenvolvimento tem gerado os resultados nas exportações”, avaliou o titular da Semadesc.
Importações
As importações tiveram redução de 15,7%, totalizando US$ 209 milhões. O ‘Gás natural, liquefeito ou não’ se destaca como principal produto importado, representando 46,5% da pauta de importações. Uma retração de -20,1% dos valores verificados no mesmo período de 2024.
Comunicação Semadesc
Fonte: Governo MS
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