Mato Grosso do Sul
Resultados da maior operação de combate a incêndios já realizada no Pantanal são apresentados na COP30
O assessor Bombeiro Militar da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), tenente-coronel Leonardo Congro, representou Mato Grosso do Sul na COP30 ao levar até lá as diretrizes estaduais para a preservação do bioma Pantanal e, especialmente, o case de sucesso do PMIF (Plano de Manejo Integrado do Fogo).
A participação ocorreu na AgriZone, espaço organizado pela Embrapa na COP30 e que concentra cerca de 400 eventos voltados à agricultura sustentável e soluções climáticas. Ele participou quinta-feira (14) de debates sobre o tema como parte da programação de atividades e eventos da Conferência, realizada em Belém (PA), até o dia 21 de novembro.
Congro apresentou a palestra ‘Medidas de Segurança Contra Incêndio Florestal: O caso do Pantanal de Mato Grosso do Sul – Fomento, Parcerias e Cultura de Segurança’, com o objetivo de detalhar as estratégias do Governo do Estado no enfrentamento aos incêndios agravados pela maior seca dos últimos 70 anos, bem como as ações previstas no Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo.
Durante a apresentação, ele destacou os desafios decorrentes da seca extrema, a urgência da situação em 2024 e a perda histórica de superfície de água no Pantanal.
“A Operação Pantanal 2024 foi a maior operação de combate a incêndios florestais já realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. Nossos principais desafios foram garantir um combate eficaz, reduzir a área queimada estimada e implementar estratégias que assegurassem o melhor aproveitamento possível dos recursos”, relembrou.
Entre as ações que contribuíram para os resultados positivos da operação, Congro citou a antecipação da resposta, com a Operação Pantanal iniciando em 2 de abril, muito antes do período crítico tradicional (julho), e a criação de Bases Avançadas Estratégicas.
“Criamos e implantamos 11 bases avançadas em regiões remotas do Pantanal para resposta rápida. Isso reduziu o tempo-resposta e a proximidade das bases foi determinante. O resultado foi imediato, com redução comprovada do número de focos de calor em um raio de 25 km das novas bases instaladas”, destacou.
PMIF
O tenente-coronel também apresentou detalhes do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo, que prioriza ações de prevenção e controle, como o Programa Estadual de Brigadas de Incêndio, o Sistema de Comando de Incidentes, a Sala de Situação de Informações sobre Fogo, entre outras iniciativas.
Congro reforçou que o Governo do Estado tem atuado fortemente na formação de bombeiros militares e brigadas, além da capacitação de brigadistas rurais, comunitários e indígenas, criando uma rede local de primeira resposta apoiada por estrutura técnica estadual.
O Manejo Integrado do Fogo inclui ainda a construção de aceiros estratégicos em áreas vulneráveis e o fomento à queima controlada e prescrita em períodos adequados, práticas já consolidadas no Estado. Além disso, o Governo investe em conscientização e educação ambiental, com ações em escolas, campanhas de mídia e vistorias técnicas em propriedades rurais para disseminar a cultura de prevenção.
Congro ainda destacou a importância da parceria para se criar uma cultura de segurança e a integração da resiliência.
“Trabalhamos com a responsabilidade compartilhada, fazendo o engajamento direto com produtores rurais, ONGs e o poder público. Além disso fomentamos a educação ambiental, com ações estruturadas e contínuas para criar uma cultura de prevenção de incêndios. Nossa meta é aumentar a resiliência das comunidades e promover a conservação e manejo sustentável da fauna e flora do Pantanal”, concluiu.
A inclusão do Pantanal na agenda climática da COP30 é considerada estratégica diante do cenário de secas intensas e incêndios recorrentes, reforçando a importância do Manejo Integrado do Fogo como instrumento essencial de adaptação e mitigação para o bioma.
Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc
Fotos: Ascom/Semadesc
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Gestão baseada em indicadores orienta decisões e aprimora estratégias e políticas públicas em Mato Grosso do Sul
Com o monitoramento em tempo real do desempenho das políticas públicas, o Estado fortalece a eficiência e a transparência da gestão
A adoção de uma gestão baseada em indicadores tem transformado a forma como o Governo de Mato Grosso do Sul planeja e executa suas ações. Para isso, com dados precisos sobre desempenho, impacto e eficiência, o Estado está investindo no direcionamento de recursos e esforços para onde e no que realmente faz a diferença.
Na prática, a utilização de indicadores monitora diversas áreas do Governo. Na educação, por exemplo, são observadas dimensões como acesso, permanência e aprendizagem dos alunos. Entre os índices, números relacionados ao abandono escolar servem de termômetro quanto à permanência dos estudantes, enquanto os resultados de proficiência no SAEB revelam o nível de aprendizagem e a efetividade das estratégias pedagógicas.
De acordo com a Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo, que lidera e executa a iniciativa, dados como os da Educação permitem identificar a evolução das políticas públicas no estado ao longo dos anos, pontuar séries históricas, comparar o desempenho com outros estados, e consequentemente, intensificar as políticas de busca ativa de alunos ou aprimorar ações voltadas à qualidade do ensino.
Outro exemplo é no campo econômico, com indicadores como o de acompanhamento do saldo de empregos formais, que oferece uma leitura contínua sobre a geração de trabalho, permitindo direcionar políticas de qualificação profissional e incentivo ao desenvolvimento local.
“Se a gestão pública não mede relevância e impacto, perde-se a noção de prioridade. Quando conseguimos conectar as ações de governo ao resultado que queremos alcançar, damos mais inteligência ao processo decisório, evitamos retrabalho e desperdício”, explica o secretário-executivo de Gestão Estratégica e Municipalismo, Thaner Nogueira, que completa.
“Com indicadores robustos, orientamos a base técnica a direcionar todos os tipos de recursos – financeiros, humanos e logísticos – para que as instituições alcancem resultados concretos. À medida que essa conexão entre ações, metas e indicadores amadurece, conseguimos perceber com mais nitidez a evolução e as transformações que acontecem nas políticas públicas”.
Secretário-executivo de Gestão Estratégica e Municipalismo, Thaner Nogueira destaca que indicadores direcionam os esforços do Governo para melhorar a vida da população, tornar o Estado mais competitivo e aproximá-lo do desenvolvimento sustentável
Atualmente, a Segem acompanha 54 metas estratégicas, 118 relacionadas a programas e 173 aos contratos de gestão, por meio de um sistema integrado conectado em três níveis: estratégico, tático e operacional. Esse modelo possibilita o monitoramento em tempo real do desempenho das políticas públicas e orienta decisões baseadas em evidências, fortalecendo a eficiência e a transparência da gestão.
Essa nova política de uso de dados, segundo a Segem, marca um avanço na consolidação de dados e métricas comparáveis, o que possibilita análises e revela com mais clareza gargalos e potencialidades em cada área de atuação do governo.
“Sem um indicador claro, perde-se a referência do caminho, não porque a experiência dos gestores e técnicos deixe de ser válida, mas porque falta um elemento norteador que qualifica o dado e fortalece a gestão. Os indicadores são esse instrumento que direciona os esforços do governo para melhorar a vida da população, tornar o Estado mais competitivo e aproximá-lo do desenvolvimento sustentável que buscamos”, destaca o titular da Segem, reforçando em seguida.
“Fazer gestão sem indicadores é depender de percepções e outros elementos que podem induzir ao erro. Com dados, ganhamos precisão, foco e capacidade de entrega”, conclui.
A sistemática implementa pelo Estado deu tão certo que resultou na conquista do terceiro lugar do Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública, na categoria ‘Práticas Inovadoras’. Desenvolvida por Leandro Sauer, Mateus Boldrine Abrita e Bruna Campos, a metodologia fortalece o uso desses instrumentos de planejamento e também reafirma a cultura de gestão orientada por resultados, com foco na inovação e a eficiência das entregas à população.
Metodologia utilizada para facilitar a tomada de decisão no Governo conquistou a 3ª colocação do Prêmio de Inovação da Gestão Pública
“O diferencial está no modo de fazer. A construção foi coletiva, envolvendo técnicos, gestores e o próprio governador, todos alinhados pelo mesmo propósito: transformar dados em decisões e decisões em resultados. Assim, projetamos um modelo inédito no Estado, em que todos passaram a falar a mesma língua – a língua dos dados. Mais do que números, o que se consolidou foi uma nova cultura de governança pública, baseada em evidências, de forma transparente e participativa – e implementada sem gerar qualquer custo adicional aos cofres públicos”, apontam os desenvolvedores da iniciativa.
Elaine Paes, Comunicação Segov
Fotos: Álvaro Rezende/Secom
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Do ar para a terra: escola estadual de MS transforma água de ar-condicionado em alfaces sustentáveis
Projeto de horta hidropônica incentiva protagonismo estudantil e reutiliza recursos em ação premiada de educação ambiental
Uma escola tem se destacado por unir tecnologia, sustentabilidade e aprendizado prático em um mesmo espaço verde. O projeto de horta escolar sustentável, desenvolvido por alunos e professores, introduziu um sistema inovador de hidroponia – técnica que permite o cultivo de hortaliças sem solo – utilizando água reaproveitada dos aparelhos de ar-condicionado.
A proposta nasceu com o objetivo de reduzir o desperdício e promover a Educação Ambiental de forma vivencial. Desde o preparo das mudas até a colheita, os estudantes participam de todas as etapas do processo, desenvolvendo responsabilidade, senso de pertencimento e consciência ecológica.
O professor Hélio Alves da Silva, responsável pelo projeto de hidroponia, explicou como funciona o processo de reaproveitamento da água.
“Coletamos a água de quatro aparelhos e armazenamos em uma caixa de 310 litros. Ela recebe tratamento com nutrientes e tem o pH e o PPM controlados para garantir o crescimento das plantas. Cada ar-condicionado produz de 18 a 25 litros por dia, e a reposição é feita cerca de uma vez por semana. Vamos enviar amostras para análise e, com apoio do Bioparque, ampliar o projeto para a criação de peixes junto às hortaliças”, detalhou o educador.
O aluno Caleb Gattes Roberto de Oliveira, de 13 anos, estudante do 8º ano, participa ativamente do projeto, reforçou a importância da iniciativa.
“Eu gosto de participar de projetos e achei essa ideia muito boa, porque evita o desperdício de água. Como usamos bastante, decidimos reutilizar a água do ar-condicionado na hidroponia. É importante para a sustentabilidade, já que reaproveitamos o que seria descartado”, destacou o estudante.
A horta também é um exemplo de interdisciplinaridade em ação. Alunos de Administração cuidam da gestão de custos e insumos, os de Publicidade produzem materiais de divulgação, e o Clube de Ciências monitora a qualidade da água no laboratório, aplicando conhecimentos de química e biologia em um contexto prático e integrado.
Para o diretor Márcio Wagner, o projeto representa a consolidação de um trabalho coletivo que une aprendizado e compromisso ambiental.
“A escola já trabalha há algum tempo com a educação sustentável. Recentemente, fomos ao Rio de Janeiro receber o Selo ODS, como uma das duas escolas do estado certificadas. Isso nos motivou a ampliar ainda mais nossas ações. A entrega das mudas à comunidade é uma forma de divulgar nosso trabalho e reforçar nosso compromisso ambiental. Se estamos fazendo algo bom, precisamos mostrar isso à sociedade”, finalizou o diretor.
O projeto é uma prova de que a inovação e o cuidado com o planeta podem nascer dentro da sala de aula. Com criatividade, ciência e consciência ambiental, até a água que antes se perdia no ar agora ajuda a cultivar um futuro mais verde e sustentável.
Jackeline Oliveira, Comunicação SED
Fotos: Cid Nogueira/SED
Fonte: Governo MS
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