Mato Grosso do Sul
Palestra no Festival América do Sul destaca a importância de Lobivar Matos como Patrimônio Cultural de Corumbá

Professora Susylene Araújo, especialista na obra do poeta, reforça a valorização do legado regional e a conexão entre literatura e patrimônio na cidade.
Os alunos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul em Corumbá tiveram uma bela aula sobre um dos poetas mais importantes do país, nascido em Corumbá. Na tarde do dia 16 de maio, na programação do 18º Festival América do Sul, a palestra “A obra de Lobivar Matos como Patrimônio” reuniu estudantes e interessados na cultura local.
Conduzida pela professora Susylene Dias de Araújo, a atividade abordou a relevância do poeta corumbaense cuja obra retrata a cidade, suas mazelas e sua história, revelando a importância de considerá-lo um patrimônio cultural.
Susylene Araújo, referência na pesquisa sobre Lobivar Matos — cujo doutorado, com a tese intitulada “A Vida e a Obra de Lobivar Matos: o modernista (des)conhecido,” a consolidou como uma das maiores especialistas no autor — destacou a força de sua produção literária, marcada pela simplicidade e profundidade.
Em sua fala, ela enfatizou como os poemas de Lobivar tratam do cotidiano corumbaense, explorando questões relacionadas à infância, à memória e ao cenário do Pantanal.
A professora do instituto Jhenifer Amaruzza, também presente na atividade, manifestou sua surpresa e admiração pelo autor que desconhecia até então. “Nunca tinha ouvido falar do Lobivar. Para mim, foi uma viagem no tempo, uma oportunidade de conhecer uma visão da Corumbá que pessoas de fora muitas vezes não têm acesso. Essa conexão com o local faz toda a diferença; a obra traz ruas, pontos históricos, uma identificação que enriquece e aproxima a gente da cultura regional.”
Susylene destacou ainda o papel do festival na valorização da obra e do legado de Lobivar. “Para mim, essa participação no evento serve para mostrar que a ideia de patrimônio não é apenas o material, mas também a arte, a literatura. É maravilhoso ver como o público, principalmente estudantes, se sensibiliza para essa importância. Nosso objetivo é fazer com que Lobivar deixe de ser um poeta desconhecido e passe a ocupar um espaço de reconhecimento na memória cultural de Corumbá e do Brasil, por meio de ações de divulgação e valorização.”
A professora reforçou a necessidade de ampliar o acesso ao trabalho de autores regionais, que representam a identidade e a história da fronteira. Para ela, o reconhecimento de Lobivar como patrimônio é uma forma de preservar a memória coletiva, fortalecendo o orgulho local e estimulando as novas gerações a conhecerem suas raízes através da literatura.
A atividade representou uma oportunidade de reflexão sobre o papel da arte como elemento de resgate patrimonial, além de reforçar a importância de promover o contato entre o público jovem e a história de Corumbá por meio de autores que, como Lobivar Matos, eternizam suas narrativas na poesia e na memória da cidade.
O Festival América do Sul acontece até o dia 18 de maio, com uma vasta programação cultural. Confira as atrações aqui: https://mscultural.ms.gov.br/festival/festival-america-do-sul/.
Daniel Rockenbach, Ascom FAS 2025
Fotos: Altair Santos/Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
FAS 2025: público se entrega e dança até o último acorde no show de Fiesta Cuetillo, da Bolívia

Com 14 anos de estrada, banda fez sua primeira apresentação no Brasil com a força de quem sabe entreter
A noite de sábado no Palco do Porto terminou em alta voltagem com a apresentação da banda boliviana Fiesta Cuetillo, que encerrou a programação musical do dia com um show eletrizante, cheio de ritmo, presença de palco e conexão com o público. Vindos de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, os músicos trouxeram uma fusão vibrante de funk, soul, hip hop e rock alternativo, e fizeram todo mundo dançar, pular e se surpreender com a potência do espetáculo.
Com 14 anos de estrada, quatro álbuns de estúdio e um histórico de cinco apresentações no Cosquín Rock, maior festival da Argentina, o Fiesta Cuetillo chegou ao Festival América do Sul Pantanal com a energia de uma estreia e a confiança de quem sabe o que está fazendo. ”Viemos com muita energia e temos certeza de que esta não será a última vez. Esta é a primeira de muitas”, declarou o vocalista Salvador Sambiasi, antes de subir ao palco.
Com bases fortes, batidas precisas, baixo agressivo, riffs de guitarra cheios de personalidade e vocais que alternam força e melodia, a banda conquistou rapidamente o público, mesmo entre aqueles que não conheciam o grupo. A sonoridade é dançante, cheia de groove, mas com peso e atitude. É música que pulsa no corpo e nas caixas de som, com composições autorais e solos com “feeling viralmente contagiante”, como definem eles próprios.
Foi o caso do casal Clemilson Lima, técnico de informática, e Marina Lima, autônoma. Eles chegaram ao festival com a intenção de assistir ao show de Alcione, mas resolveram ficar até o fim da noite e não se arrependeram. “O show está muito divertido. Valeu a pena ficar por aqui”, disse Clemilson.
No palco, os músicos interagiam o tempo todo, convidando o público a participar. A cantora Valentina Jordan, voz feminina da banda, também falou sobre a experiência de se apresentar em Corumbá: “Eu já conhecia essa cidade sem o festival. Agora, com o festival, amei. Está linda, está tudo muito organizado e o pessoal foi muito amável com a gente desde o começo. Acompanhei outras atrações, os desfiles de moda, os grafites, os meninos do skate… Tem tanta mostra de talento, juventude. A organização foi muito boa. Amei o festival.”
O show do Fiesta Cuetillo foi um encontro entre culturas vizinhas, uma celebração do poder da música como linguagem universal. Para os integrantes da banda, o momento marcou um novo capítulo. “É a nossa primeira vez no Brasil. Nunca havíamos tocado aqui, só na Argentina. Estar aqui é um sonho, e estamos firmes de que essa é a primeira de muitas”, completou Salvador Sambiasi, visivelmente emocionado após o show.
O encerramento da noite de sábado foi dançante, energético e inesquecível. E, como muitos que estavam ali, o Fiesta Cuetillo também saiu de Corumbá com vontade de voltar.
O Festival América do Sul acontece até o dia 18 de maio, com uma vasta programação cultural. Confira as atrações aqui: https://mscultural.ms.gov.br/festival/festival-america-do-sul/
Daniel Rockenbach, Ascom FAS 2025
Foto: Leandro Benites: Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Pavilhão dos Países reforça integração latino-americana no Festival de Inverno de Bonito

Artesãos internacionais e povos originários compartilham saberes, tradições e produtos culturais
Instalado em frente ao Centro de Convenções de Corumbá, o Pavilhão dos Países é um dos espaços mais visitados do Festival América do Sul Pantanal. O local concentra o trabalho de artesãos de diversas regiões do continente, que apresentam peças únicas carregadas de identidade cultural, técnicas tradicionais e matérias-primas características de seus territórios.
Representando o Mato Grosso do Sul, a artesã Josefa Marques Mazarão, de Carapó, participa com a associação de artesãos de seu município. No estande sul-mato-grossense, ela apresenta trabalhos em lã de carneiro, algodão, fibras de taboa e argila. “Trouxemos um pouco de cada coisa: chapéus de taboa, bichinhos do Pantanal em argila e os tecidos com tingimento natural. Represento a associação e participo de várias feiras dentro e fora do Estado. É sempre uma forma de levar o nome de Caarapó e de mostrar o que produzimos no MS”, conta Josefa, que chegou a Corumbá após passar por uma feira em Curitiba.
De La Paz, na Bolívia, a artesã Daniela Villarroel expõe joias e bolsas feitas com couro de lhama, couro bovino e tecidos típicos do altiplano andino, como o aguayo. “É a minha primeira vez no festival e está sendo muito importante. Tive contato com artesãos do Chile, da Argentina, do Equador e do Brasil. É uma troca que enriquece muito nosso trabalho”, afirma. Outra expositora boliviana, Elizabeth Parra, trouxe roupas confeccionadas com linho e tocuyo, além de acessórios com as cores da bandeira e referências à fauna do país, como a tradicional llamita.
Já a chilena Carolina Lainez participa pela segunda vez do evento, trazendo peças de cerâmica decorativa e utilitária, além de artigos em couro produzidos em conjunto com outros artesãos. “O festival permite conhecer outras realidades e criar redes. Isso fortalece o trabalho artesanal e possibilita intercâmbios que ultrapassam fronteiras.”
Do lado argentino, uma das expositoras trouxe peças de joalheria artesanal e destacou a importância do evento como espaço de convivência e aprendizado. “É um intercâmbio cultural muito rico. Já participei em 2023 e estou feliz por retornar.” Além dela, um estande da Argentina também expôs brinquedos e jogos artísticos feitos à mão que encantaram os visitantes.
O artesanato colombiano também está presente com esculturas e personagens ligados à espiritualidade e às forças da natureza andina, como duendes, fadas e magos, todos produzidos manualmente com pedrinhas naturais. “É uma maneira de homenagear e respeitar nossa relação com a natureza”, afirmou o artesão Jefferson Morales.
Outras atrações ligadas à cultura sul-americana podem ser conferidas dentro do Centro de Convenções. É o caso dos representantes dos povos originários, que compartilham saberes ancestrais, técnicas de artesanato, histórias e perspectivas de mundo que ajudam a construir a diversidade cultural do continente.
O Festival América do Sul acontece até o dia 18 de maio, com uma vasta programação cultural. Confira as atrações aqui: https://mscultural.ms.gov.br/festival/festival-america-do-sul/.
Evelise Couto , Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
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