Mato Grosso do Sul
Oficinas durante o Festival são oportunidade de aprendizado aos participantes

O Festival América do Sul também é oportunidade de aprendizado. Foram realizadas três oficinas abertas ao público na manhã deste domingo (18): Oficina de Upcycing em Jeans, com Luiz Gugliato, no Imnegra; Oficina de Cerâmica Andina, com Carolina Lainez, na Casa Massabarro e Oficina de Bordado em Folhas do Cerrado, com Alan Vilar, na Casa Dr. Gabi.
Os participantes da Oficina de Upcycling em Jeans puderam aprender como reutilizar materiais que seriam descartados na natureza para produzir novas roupas.
“Upcycling é nada mais nada menos do que a reutilização de fibra têxtil, de materiais que seriam descartados na natureza. Eu trabalho com reutilização de fibra têxtil de qualquer gênero, tapeçaria, no caso aqui hoje o jeans, retalho de confecções, dando vida útil a este material já existente, a uma calça que já está em desuso há dez anos, que caiu em desuso por conta da modelagem, desgastou em uma parte, eu desmancho ela inteira, que é o que eu vim fazer aqui, ensinar as pessoas a desmanchar corretamente, e reutilizar essa matéria-prima dando vida útil a esse material, fica uma peça exclusiva e única. Tem 41 anos que eu faço moda autoral em Mato Grosso do Sul, figurinos para teatro e dança, eu sempre trabalhei com a Why Not, minha marca, mas pós-pandemia eu comecei a fazer upcycling, que é essa reutilização de matéria-prima. A moda sustentável é uma coisa que o futuro começou a pensar nessa nova forma de consumo”, disse o ministrante, Luiz Gugliato.
A participante da oficina de Upcycing, Luane Estales de Oliveira Alves, é dona da marca Bocaíuva Moda Inclusiva, uma marca que trabalha em todas as peças a ergonomia e que ela traz também adaptações e facilidades para pessoas que têm deficiência ou mobilidade reduzida poder se vestir com mais autonomia.
“Eu decidi fazer a oficina porque eu considero o Gugliato um grande mestre desde que eu estou na faculdade [de Moda], uma pessoa que eu admiro muito pelo trabalho e aí eu consegui me aproximar dele e saber que a pessoa dele também é uma pessoa maravilhosa no sentido também de que ele sempre está disposto a ensinar o que ele sabe, ele não tem egoísmo em relação a isso, ele se abre e abre tudo que ele sabe e ensina muito bem. Eu achei que era uma oportunidade de eu aprender, aproveitar o festival também, para poder aprender e acompanhar como é o trabalho dele”.
Alan Vilar, ministrante da Oficina de Bordado em Folhas do Cerrado na Casa Dr. Gabi, explicou que durante a pandemia ele começou a trabalhar um pouco mais o bordado em superfícies naturais e na oficina ele ensina todo o preparo da folha, “desde o processo de coleta, higienização, desidratação da folha, tem o processo de esqueletização, eu ensino todos esses processos pra depois a gente começar a trabalhar o bordado. A técnica que eu ensino é a pintura de agulha, que é um bordado mais realista. Eu sou do interior do estado, nasci em Ivinhema, eu comecei a ter um destaque em outros estados e agora eu estou conseguindo trazer o meu trabalho para outras cidades aqui do meu próprio estado. Estou em Corumbá pela primeira vez, é uma cidade que me encontrei bastante, é um festival bem bonito. É legal esta oficina porque o pessoal começa a olhar a natureza de outra maneira, começa a analisar a flora, a fauna da região, começa a olhar uma folha e pensar se ela seria boa para bordar”.
Vânia Mavguilier Cárcamo, costureira há 48 anos, sempre gostei do artesanato. Seu filho a inscreveu na oficina, apesar de ela ainda não conhecer o trabalho de bordado em folhas do Alan Vilar. “Amei, é uma coisa inédita para mim que mostra que a gente pode criar tanta coisa linda da própria natureza e é uma maneira de preservar porque as folhas caem, vão para o lixo, ninguém aproveita, e no entanto ele está mostrando que a gente pode fazer algo muito interessante e lindo com tudo isso”.
Carolina Lainez, do Chile, ministrou a Oficina de Cerâmica Andina. “Aqui compartilhei as técnicas tradicionais usadas na américa pré-colombiana. Ensinamos a todos os participantes como trabalhar e dou a liberdade para que possam criar o que quiserem. Trabalhamos uma técnica que a partir de uma bola de barro vamos formando a peça como fazemos com a outra mão um pequeno torno. É uma experiência super enriquecedora poder compartilhar com outras pessoas os conhecimentos que adquiri durante a minha carreira, e ter a receptividade do público que estava muito motivado a aprender e experimentar com o barro”.
Sandra Almeida, professora moradora de Corumbá, decidiu fazer a Oficina de Cerâmica Andina pois acha muito gratificante ter a oportunidade de ter mais conhecimento.
“A vida da gente é sempre aprendendo, sempre aprendi muito. A gente nunca sabe tudo e isso aqui é muito importante pois faz parte da nossa cultura, a argila, tudo é tirado do Rio Paraguai, e nós temos o privilégio de ter esta casa do Massabarro que nos deu essa oportunidade de chegar até aqui e também da professora que chegou do Chile e nos deu essa oportunidade de aprendizado”.
Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
FAS 2025: público se entrega e dança até o último acorde no show de Fiesta Cuetillo, da Bolívia

Com 14 anos de estrada, banda fez sua primeira apresentação no Brasil com a força de quem sabe entreter
A noite de sábado no Palco do Porto terminou em alta voltagem com a apresentação da banda boliviana Fiesta Cuetillo, que encerrou a programação musical do dia com um show eletrizante, cheio de ritmo, presença de palco e conexão com o público. Vindos de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, os músicos trouxeram uma fusão vibrante de funk, soul, hip hop e rock alternativo, e fizeram todo mundo dançar, pular e se surpreender com a potência do espetáculo.
Com 14 anos de estrada, quatro álbuns de estúdio e um histórico de cinco apresentações no Cosquín Rock, maior festival da Argentina, o Fiesta Cuetillo chegou ao Festival América do Sul Pantanal com a energia de uma estreia e a confiança de quem sabe o que está fazendo. ”Viemos com muita energia e temos certeza de que esta não será a última vez. Esta é a primeira de muitas”, declarou o vocalista Salvador Sambiasi, antes de subir ao palco.
Com bases fortes, batidas precisas, baixo agressivo, riffs de guitarra cheios de personalidade e vocais que alternam força e melodia, a banda conquistou rapidamente o público, mesmo entre aqueles que não conheciam o grupo. A sonoridade é dançante, cheia de groove, mas com peso e atitude. É música que pulsa no corpo e nas caixas de som, com composições autorais e solos com “feeling viralmente contagiante”, como definem eles próprios.
Foi o caso do casal Clemilson Lima, técnico de informática, e Marina Lima, autônoma. Eles chegaram ao festival com a intenção de assistir ao show de Alcione, mas resolveram ficar até o fim da noite e não se arrependeram. “O show está muito divertido. Valeu a pena ficar por aqui”, disse Clemilson.
No palco, os músicos interagiam o tempo todo, convidando o público a participar. A cantora Valentina Jordan, voz feminina da banda, também falou sobre a experiência de se apresentar em Corumbá: “Eu já conhecia essa cidade sem o festival. Agora, com o festival, amei. Está linda, está tudo muito organizado e o pessoal foi muito amável com a gente desde o começo. Acompanhei outras atrações, os desfiles de moda, os grafites, os meninos do skate… Tem tanta mostra de talento, juventude. A organização foi muito boa. Amei o festival.”
O show do Fiesta Cuetillo foi um encontro entre culturas vizinhas, uma celebração do poder da música como linguagem universal. Para os integrantes da banda, o momento marcou um novo capítulo. “É a nossa primeira vez no Brasil. Nunca havíamos tocado aqui, só na Argentina. Estar aqui é um sonho, e estamos firmes de que essa é a primeira de muitas”, completou Salvador Sambiasi, visivelmente emocionado após o show.
O encerramento da noite de sábado foi dançante, energético e inesquecível. E, como muitos que estavam ali, o Fiesta Cuetillo também saiu de Corumbá com vontade de voltar.
O Festival América do Sul acontece até o dia 18 de maio, com uma vasta programação cultural. Confira as atrações aqui: https://mscultural.ms.gov.br/festival/festival-america-do-sul/
Daniel Rockenbach, Ascom FAS 2025
Foto: Leandro Benites: Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Pavilhão dos Países reforça integração latino-americana no Festival de Inverno de Bonito

Artesãos internacionais e povos originários compartilham saberes, tradições e produtos culturais
Instalado em frente ao Centro de Convenções de Corumbá, o Pavilhão dos Países é um dos espaços mais visitados do Festival América do Sul Pantanal. O local concentra o trabalho de artesãos de diversas regiões do continente, que apresentam peças únicas carregadas de identidade cultural, técnicas tradicionais e matérias-primas características de seus territórios.
Representando o Mato Grosso do Sul, a artesã Josefa Marques Mazarão, de Carapó, participa com a associação de artesãos de seu município. No estande sul-mato-grossense, ela apresenta trabalhos em lã de carneiro, algodão, fibras de taboa e argila. “Trouxemos um pouco de cada coisa: chapéus de taboa, bichinhos do Pantanal em argila e os tecidos com tingimento natural. Represento a associação e participo de várias feiras dentro e fora do Estado. É sempre uma forma de levar o nome de Caarapó e de mostrar o que produzimos no MS”, conta Josefa, que chegou a Corumbá após passar por uma feira em Curitiba.
De La Paz, na Bolívia, a artesã Daniela Villarroel expõe joias e bolsas feitas com couro de lhama, couro bovino e tecidos típicos do altiplano andino, como o aguayo. “É a minha primeira vez no festival e está sendo muito importante. Tive contato com artesãos do Chile, da Argentina, do Equador e do Brasil. É uma troca que enriquece muito nosso trabalho”, afirma. Outra expositora boliviana, Elizabeth Parra, trouxe roupas confeccionadas com linho e tocuyo, além de acessórios com as cores da bandeira e referências à fauna do país, como a tradicional llamita.
Já a chilena Carolina Lainez participa pela segunda vez do evento, trazendo peças de cerâmica decorativa e utilitária, além de artigos em couro produzidos em conjunto com outros artesãos. “O festival permite conhecer outras realidades e criar redes. Isso fortalece o trabalho artesanal e possibilita intercâmbios que ultrapassam fronteiras.”
Do lado argentino, uma das expositoras trouxe peças de joalheria artesanal e destacou a importância do evento como espaço de convivência e aprendizado. “É um intercâmbio cultural muito rico. Já participei em 2023 e estou feliz por retornar.” Além dela, um estande da Argentina também expôs brinquedos e jogos artísticos feitos à mão que encantaram os visitantes.
O artesanato colombiano também está presente com esculturas e personagens ligados à espiritualidade e às forças da natureza andina, como duendes, fadas e magos, todos produzidos manualmente com pedrinhas naturais. “É uma maneira de homenagear e respeitar nossa relação com a natureza”, afirmou o artesão Jefferson Morales.
Outras atrações ligadas à cultura sul-americana podem ser conferidas dentro do Centro de Convenções. É o caso dos representantes dos povos originários, que compartilham saberes ancestrais, técnicas de artesanato, histórias e perspectivas de mundo que ajudam a construir a diversidade cultural do continente.
O Festival América do Sul acontece até o dia 18 de maio, com uma vasta programação cultural. Confira as atrações aqui: https://mscultural.ms.gov.br/festival/festival-america-do-sul/.
Evelise Couto , Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
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