Mato Grosso do Sul
Companhia de dança de João Pessoa enfatiza cultura popular nordestina no FAS

Com o objetivo de levar arte, ancestralidade e tradição ao público do FAS (Festival América do Sul 2025), a Companhia Municipal de Dança de João Pessoa (PB) apresentou os espetáculos “Cordel” e “The Exhausted Point” no Anfiteatro do Centro de Convenções de Corumbá. As obras têm direção geral de Stella Paula e iluminação de Aline Montenegro.
O Festival que acontece na capital do Pantanal vai até o dia 18 de maio.
O espetáculo “Cordel” propõe uma releitura contemporânea do Movimento Armorial, iniciativa idealizada para criar uma arte erudita a partir das tradições populares do Nordeste brasileiro. A montagem valoriza manifestações culturais nordestinas por meio de uma linguagem coreográfica sofisticada, mas firmemente enraizada nas expressões do povo.
A trilha sonora, composta por música armorial, guia os bailarinos em movimentos inspirados em danças típicas da região, evocando o universo simbólico da literatura de cordel.
A segunda coreografia apresentada foi “The Exhausted Point” (O Ponto Exausto), criada pelo coreógrafo Marcelo Pereira. O trabalho aborda os limites da capacidade física e mental, refletindo sobre o momento em que o bailarino atinge o auge do esforço, equilíbrio e controle, reconhecendo, assim, o ponto máximo de exaustão.
Evana Arruda, coreógrafa da Companhia, de 47 anos, explicou a construção dos espetáculos.
“A coreografia ‘Cordel’ é feita com música armorial e fala sobre o movimento criado por Ariano Suassuna, no Nordeste. O figurino é de algodão, um tecido produzido na região. Tudo foi pensado para reforçar essa temática: levar a cultura nordestina para o mundo. Já o segundo espetáculo, ‘The Exhausted Points’, de Marcelo Pereira, trata da exaustão física e mental, levando os bailarinos ao seu limite no palco.”
A plateia respondeu com entusiasmo. Nilma Nantes, de 51 anos, contadora e moradora de Corumbá desde 2009, compartilhou sua experiência: “Achei os espetáculos maravilhosos, muito intimistas e alegres, com elementos bem característicos do Nordeste. Fiquei encantada”, destacou.
Bel Manvailer, Ascom FAS 2025
Fotos: Marithê do Céu/Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
FAS 2025: público se entrega e dança até o último acorde no show de Fiesta Cuetillo, da Bolívia

Com 14 anos de estrada, banda fez sua primeira apresentação no Brasil com a força de quem sabe entreter
A noite de sábado no Palco do Porto terminou em alta voltagem com a apresentação da banda boliviana Fiesta Cuetillo, que encerrou a programação musical do dia com um show eletrizante, cheio de ritmo, presença de palco e conexão com o público. Vindos de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, os músicos trouxeram uma fusão vibrante de funk, soul, hip hop e rock alternativo, e fizeram todo mundo dançar, pular e se surpreender com a potência do espetáculo.
Com 14 anos de estrada, quatro álbuns de estúdio e um histórico de cinco apresentações no Cosquín Rock, maior festival da Argentina, o Fiesta Cuetillo chegou ao Festival América do Sul Pantanal com a energia de uma estreia e a confiança de quem sabe o que está fazendo. ”Viemos com muita energia e temos certeza de que esta não será a última vez. Esta é a primeira de muitas”, declarou o vocalista Salvador Sambiasi, antes de subir ao palco.
Com bases fortes, batidas precisas, baixo agressivo, riffs de guitarra cheios de personalidade e vocais que alternam força e melodia, a banda conquistou rapidamente o público, mesmo entre aqueles que não conheciam o grupo. A sonoridade é dançante, cheia de groove, mas com peso e atitude. É música que pulsa no corpo e nas caixas de som, com composições autorais e solos com “feeling viralmente contagiante”, como definem eles próprios.
Foi o caso do casal Clemilson Lima, técnico de informática, e Marina Lima, autônoma. Eles chegaram ao festival com a intenção de assistir ao show de Alcione, mas resolveram ficar até o fim da noite e não se arrependeram. “O show está muito divertido. Valeu a pena ficar por aqui”, disse Clemilson.
No palco, os músicos interagiam o tempo todo, convidando o público a participar. A cantora Valentina Jordan, voz feminina da banda, também falou sobre a experiência de se apresentar em Corumbá: “Eu já conhecia essa cidade sem o festival. Agora, com o festival, amei. Está linda, está tudo muito organizado e o pessoal foi muito amável com a gente desde o começo. Acompanhei outras atrações, os desfiles de moda, os grafites, os meninos do skate… Tem tanta mostra de talento, juventude. A organização foi muito boa. Amei o festival.”
O show do Fiesta Cuetillo foi um encontro entre culturas vizinhas, uma celebração do poder da música como linguagem universal. Para os integrantes da banda, o momento marcou um novo capítulo. “É a nossa primeira vez no Brasil. Nunca havíamos tocado aqui, só na Argentina. Estar aqui é um sonho, e estamos firmes de que essa é a primeira de muitas”, completou Salvador Sambiasi, visivelmente emocionado após o show.
O encerramento da noite de sábado foi dançante, energético e inesquecível. E, como muitos que estavam ali, o Fiesta Cuetillo também saiu de Corumbá com vontade de voltar.
O Festival América do Sul acontece até o dia 18 de maio, com uma vasta programação cultural. Confira as atrações aqui: https://mscultural.ms.gov.br/festival/festival-america-do-sul/
Daniel Rockenbach, Ascom FAS 2025
Foto: Leandro Benites: Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Pavilhão dos Países reforça integração latino-americana no Festival de Inverno de Bonito

Artesãos internacionais e povos originários compartilham saberes, tradições e produtos culturais
Instalado em frente ao Centro de Convenções de Corumbá, o Pavilhão dos Países é um dos espaços mais visitados do Festival América do Sul Pantanal. O local concentra o trabalho de artesãos de diversas regiões do continente, que apresentam peças únicas carregadas de identidade cultural, técnicas tradicionais e matérias-primas características de seus territórios.
Representando o Mato Grosso do Sul, a artesã Josefa Marques Mazarão, de Carapó, participa com a associação de artesãos de seu município. No estande sul-mato-grossense, ela apresenta trabalhos em lã de carneiro, algodão, fibras de taboa e argila. “Trouxemos um pouco de cada coisa: chapéus de taboa, bichinhos do Pantanal em argila e os tecidos com tingimento natural. Represento a associação e participo de várias feiras dentro e fora do Estado. É sempre uma forma de levar o nome de Caarapó e de mostrar o que produzimos no MS”, conta Josefa, que chegou a Corumbá após passar por uma feira em Curitiba.
De La Paz, na Bolívia, a artesã Daniela Villarroel expõe joias e bolsas feitas com couro de lhama, couro bovino e tecidos típicos do altiplano andino, como o aguayo. “É a minha primeira vez no festival e está sendo muito importante. Tive contato com artesãos do Chile, da Argentina, do Equador e do Brasil. É uma troca que enriquece muito nosso trabalho”, afirma. Outra expositora boliviana, Elizabeth Parra, trouxe roupas confeccionadas com linho e tocuyo, além de acessórios com as cores da bandeira e referências à fauna do país, como a tradicional llamita.
Já a chilena Carolina Lainez participa pela segunda vez do evento, trazendo peças de cerâmica decorativa e utilitária, além de artigos em couro produzidos em conjunto com outros artesãos. “O festival permite conhecer outras realidades e criar redes. Isso fortalece o trabalho artesanal e possibilita intercâmbios que ultrapassam fronteiras.”
Do lado argentino, uma das expositoras trouxe peças de joalheria artesanal e destacou a importância do evento como espaço de convivência e aprendizado. “É um intercâmbio cultural muito rico. Já participei em 2023 e estou feliz por retornar.” Além dela, um estande da Argentina também expôs brinquedos e jogos artísticos feitos à mão que encantaram os visitantes.
O artesanato colombiano também está presente com esculturas e personagens ligados à espiritualidade e às forças da natureza andina, como duendes, fadas e magos, todos produzidos manualmente com pedrinhas naturais. “É uma maneira de homenagear e respeitar nossa relação com a natureza”, afirmou o artesão Jefferson Morales.
Outras atrações ligadas à cultura sul-americana podem ser conferidas dentro do Centro de Convenções. É o caso dos representantes dos povos originários, que compartilham saberes ancestrais, técnicas de artesanato, histórias e perspectivas de mundo que ajudam a construir a diversidade cultural do continente.
O Festival América do Sul acontece até o dia 18 de maio, com uma vasta programação cultural. Confira as atrações aqui: https://mscultural.ms.gov.br/festival/festival-america-do-sul/.
Evelise Couto , Ascom FAS 2025
Fonte: Governo MS
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