Mato Grosso do Sul
Nova Ferroeste inicia estudos indígenas complementares no Paraná e Mato Grosso do Sul
A segunda etapa dos estudos indígenas da Nova Ferroeste vai analisar a rotina e a cultura de três áreas indígenas do Paraná e uma do Mato Grosso do Sul. Estão contidas na listagem requerida pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas as terras indígenas Tupâ Nhe Kretã (na Serra do Mar, em Morretes-PR), Boa Vista (Nova Laranjeiras-PR) e Guasú Guavirá (Guaíra-PR) e o acampamento Pakurity, povo Guarani estabelecido em Dourados.
Entre janeiro e fevereiro, uma equipe do Governo do Paraná e representantes da Funai de Brasília e dos escritórios regionais do Paraná e do Mato Grosso do Sul estiveram nas aldeias para definir as diretrizes das atividades junto aos caciques.
A Tupâ Nhe Kretã possui 36 moradores, divididos entre os povos Guarani, Kaingang e Xetá, enquanto a área da Boa Vista conta com 77 moradores da etnia Kaingangs e a Guasú Guavirá, a maior delas entre as terras indígenas localizadas no Paraná, com 1.360 moradores.
O procedimento adotado nesta etapa será semelhante ao estudo realizado em 2022 na Terra Indígena Rio das Cobras, com 10 aldeias e mais de 3 mil habitantes. Os trilhos da Nova Ferroeste vão passar próximo ao limite dessas terras, em um raio de até 5 km do traçado proposto.
O diagnóstico envolve a organização territorial, política e sociocultural dos lugares. A atividade é desenvolvida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), contratada pelo Governo de Mato Grosso do Sul. Nas aldeias, uma equipe multidisciplinar com antropólogos, biólogos, sociólogos e historiadores atua por meio de oficinas e mapeamentos.
Estes encontros coletivos e entrevistas individuais são realizados para compreender as mudanças desencadeadas pela proposta do empreendimento.
De acordo com o coordenador dos estudos, Valdir Schwengber, o diagnóstico consiste num amplo raio-x da comunidade, do modo de vida e organização, além da fonte de obtenção de recursos e quais as maiores dificuldades.
“Quando entendemos o modo de vida avaliamos os potenciais impactos da Nova Ferroeste no seu cotidiano. A partir disso elaboramos as ações que devem ser feitas para mitigar ou compensar as mudanças”, destaca.

O Estudo do Componente Indígena (ECI) é parte do licenciamento ambiental, realizado junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
Outros órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já emitiram pareceres favoráveis ao empreendimento.
“Quando a Funai identificou a necessidade de novos estudos indígenas, fomos juntos a campo e realizamos visitas técnicas ao longo do traçado para identificar a existência dessas comunidades mais próximas à futura linha férrea”, explica o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes. “A partir daí foi elaborado um plano de trabalho que coube ao Governo do Paraná executar”.
A Nova Ferroeste vai ligar por trilhos Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. O projeto vai fazer do Estado uma grande central logística e promover a redução de 30% no transporte de insumos e produtos, a maioria grãos e proteína animal.
Comunicação Semadesc
*com informação da AEN-PR e Nova Ferroeste
Fotos: AEN-PR
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Tecnologia, integração e inteligência: evento nacional em MS fortalece combate ao crime digital
Summit Nacional de Investigação Criminal Tecnológica marca avanço estratégico no enfrentamento da criminalidade virtual
Com investimentos superiores a R$ 200 milhões aplicados desde 2023 em tecnologia e infraestrutura das forças de segurança pública, Mato Grosso do Sul consolida seu compromisso com o combate à criminalidade de forma estruturada, moderna e integrada, Mato Grosso do Sul consolida seu compromisso com o combate à criminalidade de forma estruturada, moderna e integrada.
Parte desse esforço estratégico é materializado na realização do Summit Nacional de Investigação Criminal Tecnológica, evento iniciado nesta terça-feira (4) onde reúne, em Campo Grande, as maiores autoridades do país nas áreas jurídica, investigativa e de inteligência digital.
Promovido pela Polícia Civil, o encontro, sediado no Bioparque Pantanal, inaugura um novo capítulo no enfrentamento ao crime cibernético, que cresce de forma silenciosa, sofisticada e transnacional. O evento marca a abertura de um espaço institucional de escuta qualificada e construção de soluções para um dos maiores desafios da segurança pública contemporânea: a prova digital.
O vice-governador do Estado, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, representando o governador Eduardo Riedel, destacou a importância da integração entre os entes de justiça e segurança pública, ressaltando que o enfrentamento ao crime na era digital exige conhecimento técnico, inovação e planejamento.
“A criminalidade tem usado a tecnologia como aliada. O Estado precisa se especializar para usar esses mesmos instrumentos em benefício da sociedade. E isso só será possível com formação continuada, escuta ativa de especialistas e estratégia. Iniciativas como este Summit nos mostram que estamos no caminho certo, usando o conhecimento como ferramenta para proteger o cidadão”, afirmou Barbosinha.
O evento tem como tema central os desafios da cadeia de custódia da prova digital, um dos pilares para garantir a integridade dos processos criminais frente aos delitos cibernéticos e aos crimes convencionais que migraram para o ambiente virtual.
Investimentos que estruturam o presente e antecipam o futuro
Ao longo dos últimos dois anos, o Governo do Estado reforçou a política de segurança pública com ações concretas que ampliam a estrutura física, tecnológica e operacional das instituições de justiça. Os números falam por si: foram entregues mais de 60 viaturas caracterizadas e não caracterizadas, além de armas longas e equipamentos táticos de última geração.
O destaque fica para os mais de R$ 48 milhões investidos diretamente na Polícia Civil, com a reestruturação de delegacias, aquisição de tecnologias de investigação digital, softwares de análise e sistemas de monitoramento.
O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Dr. Lupérsio Degerone, pontuou que a criminalidade contemporânea já atua em um “crime 4.0”, marcado pela transnacionalidade, anonimato e uso avançado da tecnologia. “Hoje o criminoso não precisa sair de casa para cometer delitos como estelionato, tráfico ou lavagem de dinheiro. Ele opera com arquivos criptografados, metadados e conexões em rede. Nossa resposta estatal precisa ser tão sofisticada quanto o crime que enfrentamos”, pontuou Lupérsio.
Para a delegada Anne Karine Trevisan, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e idealizadora do evento, o summit promove um marco de escuta qualificada, colaboração institucional e alinhamento técnico. “A investigação criminal tecnológica não é mais uma escolha, mas uma exigência ética e legal para desmantelar redes criminosas que exploram inúmeras vítimas. Precisamos de diálogo e cooperação para compreender as limitações operacionais, aprimorar a coleta de provas digitais e transformar conhecimento em ação”, defendeu.
Inteligência, integração e cidadania como pilares
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, reforçou que o sucesso do evento está no engajamento dos diversos poderes e instituições, destacando que o crime digital exige não só tecnologia, mas inteligência e estratégia.
“O enfrentamento a essa realidade exige investimento, mas também integração entre as instituições e o compromisso com a capacitação contínua. Esse debate vai além das funções policiais; ele nos interpela como cidadãos e como pais. Precisamos de respostas à altura da gravidade desses crimes”, afirmou Videira.
O evento segue até o fim da semana com painéis temáticos, oficinas práticas, palestras técnicas e troca de experiências entre as forças de segurança, com foco em temas como segurança digital, preservação de dados, proteção de menores, rastreabilidade digital e cooperação internacional.
“Eventos como este representam a construção de uma cultura investigativa baseada em ciência, em integração e em responsabilidade com o cidadão. O Governo do Estado tem feito a sua parte, investindo, estruturando e, acima de tudo, escutando quem está na linha de frente. A nossa missão é garantir que a tecnologia não seja um obstáculo, mas um instrumento poderoso a favor da Justiça e da proteção da sociedade sul-mato-grossense”, finalizou o vice-governador Barbosinha.
Lucas Cavalheiro, Comunicação Vice-governadoria
Fotos: João Garrigó/Vice-governadoria
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Painel Summit: Riedel e Tarcísio discutem economia verde e desenvolvimento sustentável em SP
Com debate que envolve meio ambiente, sustentabilidade, transição energética, produção, logística e infraestrutura, o governador Eduardo Riedel e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participaram do painel com o tema “Nova Visão da Economia Verde”, durante o “Summit Agenda SP+Verde”, evento que acontece no Parque Villa-Lobos, em São Paulo (SP) e deve reunir 10 mil pessoas em dois dias, para tratar de quatro eixos temáticos: Finanças Verdes, Resiliência e Futuro das Cidades, Justiça Climática e Sociobiodiversidade e Transição Energética e Descarbonização.
Para debater sobre desenvolvimento sustentável e economia verde, o evento pré-COP –promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP (Universidade de São Paulo) – é uma plataforma de parcerias e conexões, que gera cooperação de impacto com articulação multissetorial em temas como investimentos verdes, justiça climática, resiliência urbana, transição energética e economia circular.
“Nossas ações são feitas com clareza no propósito e alinhamento. Desenvolvimento sustentável ocorre sob a lógica de valorização do ativo ambiental e econômico. Eficiência produtiva é também ambiental, com balanço de carbono e tecnologia. Por isso é preciso haver proximidade com a ciência, não tem como avançar nesta agenda sem conhecimento”, disse Riedel.
O painel entre Riedel e Tarcísio – mediado por Joaquim Leite, ex-ministro de Meio Ambiente e Mudança do Clima – teve entre as discussões temas como a universalização do saneamento básico, que em Mato Grosso do Sul deve ser alcançada até 2033, além da produção agropecuária e o aproveitamento de resíduos para gerar etanol e biometano, redução de emissão de carbono, produção de celulose e recuperação de áreas degradadas por meio das florestas plantadas, a ainda logísitica ferroviária, hidroviária e rodoviária.
Com visão clara para liderar o processo de atração de segmentos específicos da economia, o Governo de MS definiu a forma de trabalho e com isso atuou de maneira eficiente, contribuindo para a instalação de setores consolidados e em expansão no Estado.
“Era necessário ter essa lógica implantada no setor de proteína animal e bioenergia, por exemplo, que são importantes e estão em crescimento industrial. São segmentos que vão contribuir para que o MS se torne carbono neutro até 2030. Nesse conjunto de ações, destaco a preservação da biodiversidade e a valorização da eficiência produtiva, gerando balanço de carbono mais adequado. Isso tem efeito transformador”, disse o governador de MS.
Enquanto isso, Tarcísio destacou os grandes projetos em diferentes seguentos que já apresentam resultados transformadores em São Paulo. Ele também pontuou sobre a crescente industrialização e diversificação econômica de Mato Grosso do Sul, que gera diferentes possibilidades para o Estado e ainda impulsiona a economia paulista, como no caso do escoamento da produção de celulose.
“Estamos fazendo a estruturação para escoamento para o porto de Santos, que recebe intervenções para aumentar a capacidade e receber cargas. O Brasil tem muito o que mostrar e se posionar de fato como potência agroambiental, com sustentabilidade e produtividade. Temos muito a oferecer na área de biocombustíveis e um potencial enorme para lidar com resídios”, disse Tarcísio.
Com agenda direcionada para o crescimento sustentável, a melhoria da qualidade de vida da população sul-mato-grosense também é prioridade. “Trabalhamos para a universalização do saneamento básico, que é um grande ganho para qualidade de vida das pessoas. Eu falo muito sobre a dor do cescimento, e de fato, o Estado está preparado com equilíbrio fiscal e capacidade. A costa leste do Estado, na divisa com São Paulo, são 12 municípios que cresceram 1,2 milhão de hectares em floresta plantada, um grande impacto no balanço de carbono. São investimentos bilionários de grandes empresas, com impacto positivo do ponto de vista social”, disse Riedel.
O Estado do Mato Grosso do Sul está em caminho acelerado para a universalização dos serviços de saneamento básico, atualmente conta com 74% de cobertura de esgotamento sanitário e previsão de universalização até 2028 com a PPP do saneamento.
Nos 12 municípios do Vale da Celulose estão aproximadamente 1,5 milhão de hectares de eucalipto, 87% da produção estadual.
Investimentos
O setor florestal vive um ciclo de expansão em Mato Grosso do Sul, com investimentos privados que ultrapassam R$ 89 bilhões entre 2023 e 2025, voltados à produção de papel, celulose e MDF.
A transformação industrial é liderada por empresas globais como Suzano, Eldorado Brasil, Arauco, e Bracell, que consolidam o Estado como um dos maiores polos florestais do mundo. Entre os principais empreendimentos estão a fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (R$ 23 bilhões), a nova planta da Eldorado Brasil em Três Lagoas (R$ 25 bilhões), o “Projeto Sucuriú”, da Arauco em Inocência (R$ 25,1 bilhões), a implantação da Bracell em Bataguassu (R$ 16 bilhões) e a ampliação da Greenplac em Água Clara (R$ 120 milhões).
Com base em florestas plantadas e tecnologias de baixo carbono, o setor florestal reforça a liderança de Mato Grosso do Sul na bioeconomia e na produção sustentável de base renovável.
Vale destacar que a nova fábrica da Arauco em Inocência terá capacidade para produzir sozinha quase a metade da atual capacidade instalada de celulose do Grupo Arauco, que é equivalente a 5,2 milhões de toneladas, passando o conglomerado chileno a produzir 7,7 milhões de toneladas/ano a partir de 2028 (+ 2,5 milhões de toneladas/ ano com a fábrica de MS).
Bioenergia
Mato Grosso do Sul é um dos líderes nacionais na produção de energia limpa e renovável, com destaque para a produção de etanol, açúcar e bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar e do milho. Atualmente, o Estado conta com 22 usinas de bioenergia em operação, sendo um novo projeto em construção (Usina Coruripe).
A indústria sucroenergética de Mato Grosso do Sul é formada por 22 unidades em operação, 19 de cana-de-açúcar e três dedicadas ao etanol de milho, todas produtoras de etanol e bioeletricidade, com 13 delas exportando energia excedente para a rede nacional, 13 produtoras de açúcar.
O setor sucroenergético participa com 17% no PIB industrial do Estado, e possui atualmente 800 mil hectares de cana-de-açúcar plantada em 42 municípios.
Mato Grosso do Sul é hoje o segundo maior produtor de etanol de milho do Brasil, quarto maior produtor nacional de etanol e cana-de-açúcar, quinto maior produtor de açúcar e o quarto maior exportador de bioeletricidade.
Na safra 2024/2025, MS produziu 4,3 bilhões de litros de etanol – sendo 37% a partir do milho –, e a previsão para 2025/2026 é de crescimento de 4,7 bilhões de litros – com o milho representando 42% dessa produção. O setor também contribui com a produção de 2,6 milhões de toneladas de açúcar e geração de 2.200 GWh em bioeletricidade, o equivalente ao consumo residencial anual de todo o Estado.
Além do impacto econômico, a bioenergia em MS exerce um papel essencial na agenda ambiental. De 2020 a 2024, foram evitadas mais de 13 milhões de toneladas de emissões de CO₂, por meio do programa RenovaBio, o equivalente a 89 milhões de árvores plantadas.
O Estado é ainda o terceiro maior exportador de etanol do Brasil, com vendas que somaram US$ 98 milhões. O produto é adquirido por 35 países, incluindo Holanda, Canadá, China, Egito, Iraque, Portugal, Rússia, Uruguai e Bangladesh.
“Soubemos como colocar a tenoclogia disponível para garantir balanço carbono adequado, indo para negativo em várias cadeias produtivas. É orgulho fazer parte desse processo de evolução história. Estou timista nessa linha de trabalho”, finalizou Riedel.
Hidrovia
Outra questão abordada no painel foi projeto de concessão do trecho sul da Hidrovia do Rio Paraguai, entre Corumbá e Porto Murtinho, uma iniciativa do Governo Federal, conduzida pelo Ministério de Portos e Aeroportos e atualmente em análise pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Trata-se do primeiro projeto de concessão hidroviária do país, com previsão de leilão até o final de 2025, e tem como objetivo modernizar o transporte fluvial e ampliar a capacidade logística no eixo sul do rio Paraguai.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: João Valério/GovSP
ATENÇÃO: confira aqui o pack imprensa com o vídeo da apresentação do governador Eduardo Riedel.
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Fonte: Governo MS
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