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Madeira tratada: sustentabilidade e inovação para o futuro da construção civil

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A madeira tratada tem se consolidado como um dos materiais mais promissores para a construção civil, unindo sustentabilidade, inovação e alta durabilidade. Além de ser uma matéria-prima renovável, seu uso contribui diretamente para a redução do dióxido de carbono na atmosfera, tornando-se uma aliada essencial na luta contra as mudanças climáticas.

De acordo com o gerente de produtos da Torabras Madeiras José Antônio Neto, “o mais interessante da madeira é que, quanto mais a utilizamos, mais ajudamos o planeta”. Ele explica que a formação da madeira exige a absorção de CO₂, e, através da fotossíntese, esse carbono é sequestrado e convertido em material lenhoso. Além disso, as espécies florestais mais utilizadas, como eucalipto e pinus, possuem um crescimento até oito vezes mais rápido que as madeiras nativas. “Precisamos de uma área muito menor para obter o mesmo volume de madeira em comparação com espécies nativas”, acrescenta Neto.

Outro benefício fundamental da madeira tratada é a sua capacidade de aceitar diversos tipos de acabamentos sem prejuízo à qualidade do material. “O tratamento da madeira não interfere em outros produtos que possam ser aplicados, como tintas, vernizes e lacas”, afirma. Além disso, há um grande mito sobre o impacto ambiental das florestas plantadas, mas, segundo ele, “o gênero Eucalyptus, por exemplo, consome menos nutrientes do que a maioria das culturas agrícolas”.

Sobre a segurança da madeira em edificações, o gerente de produtos da Torabras destaca que há um estigma em relação ao seu uso na construção civil, especialmente no que diz respeito ao fogo. “Pouca gente sabe, mas quando a madeira começa a carbonizar, ela cria uma camada protetora que impede a propagação do calor para a parte central da peça, garantindo maior resistência estrutural em comparação ao concreto armado em situações de incêndio”, esclarece. Ele ainda reforça que “uma estrutura de concreto armado pode colapsar em cerca de 40 minutos sob mil graus, enquanto uma peça robusta de madeira tratada dura muito mais tempo, trazendo maior segurança”.

Outro ponto essencial, segundo o especialista, é a durabilidade do material tratado. “Se forem seguidos os parâmetros corretos no processo de beneficiamento, a madeira pode durar até 50 anos”, enfatiza Neto. Contudo, ele alerta para a falta de regulamentação no Brasil. “Infelizmente, não temos um órgão que ateste essa qualidade para o consumidor. O mercado ainda é desorganizado, e muitos compram gato por lebre, adquirindo madeira de baixa qualidade”.

Espírito Madeira

Durante a última edição da Feira Espírito Madeira – Design de Origem, em novembro passado, em Venda Nova do Imigrante (ES), a Torabras apresentou um chalé construído com pinus tratado, seguindo a tendência das “tiny houses”, uma solução prática para quem busca construções rápidas, de menor porte, e sustentáveis. A palestra “Madeira Tratada, Aplicações e Tendências“, ministrada por José Antônio Neto, no auditório do evento, reforçou o potencial desse material para o mercado brasileiro, onde apenas 5% das construções utilizam madeira, contrastando com os mais de 90% nos Estados Unidos.

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Serviço

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br

*Entrada gratuita

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Agronegócios

Carne bovina resiste ao tarifaço apostando em novos mercados e triangulação

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O mercado brasileiro de carne bovina entrou em setembro sob o efeito pleno da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. O temor inicial era de um impacto bilionário no setor, mas cálculos mais recentes apontam que a perda de receita deve ser significativamente menor.

A estimativa da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que no início do ano girava em torno de R$ 5,4 bilhões, foi revista para algo entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,1 bilhões. A expectativa é de que esse valor seja diluído mês a mês, conforme o comércio internacional se reorganiza.

O ponto central é que o mercado global de proteína animal não funciona de forma isolada. Quando os Estados Unidos aplicam barreiras contra a carne brasileira, outros países tendem a ajustar sua oferta. É o caso da Austrália, que deve direcionar mais embarques ao mercado americano, abrindo espaço em nações asiáticas. O Brasil, impedido de vender diretamente aos EUA, encontra nesses países oportunidades para ocupar as lacunas deixadas pelos australianos.

Além disso, cresce a possibilidade de triangulação comercial. Produtos brasileiros, como carne e café, podem chegar ao mercado norte-americano via países vizinhos ou parceiros comerciais, como Argentina, Uruguai, Colômbia e México. A prática exige cautela regulatória, mas já faz parte da discussão sobre como reduzir os efeitos do tarifaço.

O setor também aposta em um movimento diplomático para ampliar mercados e agregar valor às exportações. O Japão é visto como uma das maiores oportunidades. A expectativa é de que o país abra seu mercado à carne bovina brasileira ainda em 2025, durante encontros de alto nível previstos para novembro.

Além disso, Ásia e Oriente Médio seguem no radar. Recentes avanços incluem a autorização para venda de miúdos à Indonésia e negociações em andamento com Vietnã, Filipinas e Malásia. A Turquia também figura entre os destinos de interesse, embora questões técnicas ainda travem o processo.

A revisão para baixo do impacto financeiro mostra que a cadeia da carne brasileira conseguiu reagir mais rápido do que se esperava. A combinação de demanda aquecida em países asiáticos, realinhamento de fluxos globais e abertura de novos mercados deve compensar, ao menos em parte, a perda de espaço nos Estados Unidos.

Para o setor, o desafio agora é consolidar essas alternativas. A estratégia passa por ampliar a lista de países compradores, valorizar cortes menos consumidos no Brasil, como miúdos, e usar a diplomacia comercial para transformar crises em oportunidades.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócios

Greening avança para quase metade dos pomares de laranja

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O greening, considerada a doença mais grave da citricultura, já atinge 47,6% das laranjeiras do cinturão que abrange São Paulo e o Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais, segundo levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). A região concentra cerca de três quartos da produção nacional e responde por mais de 70% do suco de laranja exportado no mundo. Com quase 100 milhões de árvores contaminadas, o efeito no campo é direto: menos fruta disponível, aumento da queda prematura e pressão sobre uma cadeia que movimenta bilhões de reais ao ano.

Embora a taxa de incidência seja recorde, o avanço perdeu ritmo. Entre 2024 e 2025, o crescimento foi de 7,4 pontos percentuais, bem abaixo dos saltos de anos anteriores, que chegaram a 55% de um ciclo para outro. A desaceleração é atribuída ao maior rigor no manejo, com erradicação precoce de plantas doentes e controle mais eficiente do inseto vetor da bactéria. Ainda assim, a severidade da doença cresceu, com mais áreas do pomar apresentando sintomas e impacto maior sobre a produtividade.

Em termos econômicos, o cenário preocupa. Cada laranjeira saudável pode render de duas a três caixas de 40,8 quilos por safra. No cinturão, onde se concentram cerca de 209 milhões de árvores, a perda potencial ultrapassa dezenas de milhões de caixas. Considerando preços médios entre R$ 60 e R$ 70 por caixa nos últimos dois anos, a redução pode significar bilhões de reais a menos em receita agrícola e industrial.

O impacto se reflete também no mercado internacional. O Brasil é responsável por sete em cada dez copos de suco de laranja consumidos no mundo, e qualquer retração na oferta afeta diretamente contratos de exportação. Para o produtor, manter plantas jovens livres da doença tornou-se prioridade: quanto mais tarde a contaminação ocorre, maior a chance de garantir frutas de qualidade e sustentar o negócio.

Fonte: Pensar Agro

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