Agronegócios
Greening avança para quase metade dos pomares de laranja

O greening, considerada a doença mais grave da citricultura, já atinge 47,6% das laranjeiras do cinturão que abrange São Paulo e o Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais, segundo levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). A região concentra cerca de três quartos da produção nacional e responde por mais de 70% do suco de laranja exportado no mundo. Com quase 100 milhões de árvores contaminadas, o efeito no campo é direto: menos fruta disponível, aumento da queda prematura e pressão sobre uma cadeia que movimenta bilhões de reais ao ano.
Embora a taxa de incidência seja recorde, o avanço perdeu ritmo. Entre 2024 e 2025, o crescimento foi de 7,4 pontos percentuais, bem abaixo dos saltos de anos anteriores, que chegaram a 55% de um ciclo para outro. A desaceleração é atribuída ao maior rigor no manejo, com erradicação precoce de plantas doentes e controle mais eficiente do inseto vetor da bactéria. Ainda assim, a severidade da doença cresceu, com mais áreas do pomar apresentando sintomas e impacto maior sobre a produtividade.
Em termos econômicos, o cenário preocupa. Cada laranjeira saudável pode render de duas a três caixas de 40,8 quilos por safra. No cinturão, onde se concentram cerca de 209 milhões de árvores, a perda potencial ultrapassa dezenas de milhões de caixas. Considerando preços médios entre R$ 60 e R$ 70 por caixa nos últimos dois anos, a redução pode significar bilhões de reais a menos em receita agrícola e industrial.
O impacto se reflete também no mercado internacional. O Brasil é responsável por sete em cada dez copos de suco de laranja consumidos no mundo, e qualquer retração na oferta afeta diretamente contratos de exportação. Para o produtor, manter plantas jovens livres da doença tornou-se prioridade: quanto mais tarde a contaminação ocorre, maior a chance de garantir frutas de qualidade e sustentar o negócio.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócios
Carne bovina resiste ao tarifaço apostando em novos mercados e triangulação

O mercado brasileiro de carne bovina entrou em setembro sob o efeito pleno da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. O temor inicial era de um impacto bilionário no setor, mas cálculos mais recentes apontam que a perda de receita deve ser significativamente menor.
A estimativa da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que no início do ano girava em torno de R$ 5,4 bilhões, foi revista para algo entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,1 bilhões. A expectativa é de que esse valor seja diluído mês a mês, conforme o comércio internacional se reorganiza.
O ponto central é que o mercado global de proteína animal não funciona de forma isolada. Quando os Estados Unidos aplicam barreiras contra a carne brasileira, outros países tendem a ajustar sua oferta. É o caso da Austrália, que deve direcionar mais embarques ao mercado americano, abrindo espaço em nações asiáticas. O Brasil, impedido de vender diretamente aos EUA, encontra nesses países oportunidades para ocupar as lacunas deixadas pelos australianos.
Além disso, cresce a possibilidade de triangulação comercial. Produtos brasileiros, como carne e café, podem chegar ao mercado norte-americano via países vizinhos ou parceiros comerciais, como Argentina, Uruguai, Colômbia e México. A prática exige cautela regulatória, mas já faz parte da discussão sobre como reduzir os efeitos do tarifaço.
O setor também aposta em um movimento diplomático para ampliar mercados e agregar valor às exportações. O Japão é visto como uma das maiores oportunidades. A expectativa é de que o país abra seu mercado à carne bovina brasileira ainda em 2025, durante encontros de alto nível previstos para novembro.
Além disso, Ásia e Oriente Médio seguem no radar. Recentes avanços incluem a autorização para venda de miúdos à Indonésia e negociações em andamento com Vietnã, Filipinas e Malásia. A Turquia também figura entre os destinos de interesse, embora questões técnicas ainda travem o processo.
A revisão para baixo do impacto financeiro mostra que a cadeia da carne brasileira conseguiu reagir mais rápido do que se esperava. A combinação de demanda aquecida em países asiáticos, realinhamento de fluxos globais e abertura de novos mercados deve compensar, ao menos em parte, a perda de espaço nos Estados Unidos.
Para o setor, o desafio agora é consolidar essas alternativas. A estratégia passa por ampliar a lista de países compradores, valorizar cortes menos consumidos no Brasil, como miúdos, e usar a diplomacia comercial para transformar crises em oportunidades.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócios
Colheita da safrinha se aproxima do fim no Brasil; Paraná se destaca

A colheita do milho de segunda safra 2024/25 entrou na reta final no Brasil e alcançava 98,3% da área plantada até 7 de setembro, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O resultado está um pouco atrasado em relação ao mesmo período do ano passado, quando os trabalhos já haviam sido concluídos, mas segue à frente da média dos últimos cinco anos.
No Paraná, segundo maior produtor nacional, a colheita avançava sobre 96% da área cultivada até o dia 8, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral). A produtividade ficou, em geral, dentro ou acima do esperado, embora lavouras afetadas por geadas e plantio tardio tenham registrado desempenho abaixo da média. Entre os talhões ainda em campo, 44% estavam em boas condições, 33% em situação intermediária e 23% em condição ruim.
O avanço da safrinha ocorre em paralelo ao início do plantio da safra de verão 2025/26. No Paraná, 24% da área prevista já foi semeada, aproveitando a umidade do solo após as chuvas recentes. Já a colheita do trigo no Estado alcançou 12% da área, com a maioria das lavouras em boa condição, embora regiões atingidas por geadas indiquem perdas localizadas.
No cenário nacional, a Conab informou que Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul também estão finalizando os trabalhos de colheita do milho. Mato Grosso, principal produtor do cereal, já encerrou os trabalhos. A colheita do algodão, por sua vez, soma 86,9% da área nacional, enquanto o trigo tem 11,1% da área colhida, com destaque novamente para o Paraná, único Estado a iniciar os trabalhos de campo.
Fonte: Pensar Agro
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