Saúde
Câncer de Cabeça e Pescoço: “estar atento aos sinais do corpo é fundamental”, alerta especialista
Nódulos no pescoço, lesões que não cicatrizam e rouquidão persistente, são alguns dos sintomas que podem indicar a doença
Mais comum que se imagina, o câncer de cabeça e pescoço tem alta incidência no mundo todo. Esse tipo da doença pode resultar em tumores na boca (lábios, língua, gengiva, assoalho da boca, palato), região sinonasal, tireoide, garganta, laringe, faringe, paratireoide, traqueia, pele e até mesmo os cerebrais.
Normalmente, os tumores são indolores, por isso, é preciso prestar atenção aos sinais diferentes do nosso corpo e nas regiões geralmente afetadas pela doença.
“É muito importante estar atento aos sinais do corpo, às novas lesões que surgem na boca e na língua, por exemplo, especialmente aquelas lesões ‘novas’ que não cicatrizam ou que melhora um pouco, mas volta de tempo em tempo”, explica Dr. Cezar Augusto Vendas Galhardo, cirurgião oncológico da Unimed campo Grande.
Sintomas mais comuns
-Nódulos no pescoço
-Aftas e/ou lesões que não cicatrizam
-Manchas brancas ou avermelhadas na boca
-Dor de garganta persistente
-Dificuldade para falar, mastigar e/ou engolir
-Rouquidão persistente
Assim como grande parte dos cânceres, a detecção precoce é fundamental para aumentar a chance de cura. “O diagnóstico precoce é o único caminho para aumentar as taxas de sucesso nos tratamentos desse tipo de tumores e para que sejam aplicados tratamentos mais simples, menos mutilantes e que com certeza, terão resultados muito melhores para o paciente”, ressalta o médico.
Segundo o especialista, existem alguns fatores de prevenção contra os cânceres de cabeça e pescoço. “Alguns hábitos de vida saudáveis são importantes fatores de prevenção contra esse tipo de câncer, como a prática de atividades físicas regularmente, evitar o tabagismo em todas as formas, assim como o consumo de bebidas alcoólicas e manter uma dieta equilibrada, rica em fibras, frutas, legumes e verduras”.
Por fim, o médico reforça “atente-se aos sinais do próprio corpo e ao perceber qualquer sintoma ou desconforto na região do pescoço, boca ou face, procure atendimento médico”.
Pronto Atendimento Digital
Acompanhando uma tendência tecnológica na área da saúde, especialmente em instituições renomadas do país, a Unimed Campo Grande implantou o Pronto Atendimento Digital como uma opção a mais de atendimento para os beneficiários da cooperativa. Prático, seguro e eficiente, o serviço tem o intuito de absorver demandas de baixa complexidade (que não sejam casos de urgência e emergência) de pacientes e pode ser acessado de qualquer lugar, sem necessidade de deslocamento.
Sem coparticipação e exclusivo para beneficiários Unimed CG, o PA Digital disponibiliza atendimento adulto e pediátrico, de segunda a sexta-feira (exceto aos feriados), das 7h às 18 horas. Para ter acesso, basta clicar no link https://bit.ly/ProntoAtendimentoDigital_UCG
Saúde
Estrabismo em crianças pode sinalizar problemas neurológicos, alerta especialista
Comum na infância, condição pode causar danos permanentes à visão se não for tratado nos primeiros anos de vida
O estrabismo, condição caracterizada pela falta de paralelismo dos olhos, é uma das principais causas de perda visual evitável na infância. Apesar de comum, o problema ainda é cercado de desinformação e pode causar danos permanentes à visão se não for identificado e tratado precocemente.
Segundo o Dr. Galton Carvalho Vasconcelos, oftalmologista do IOBH – Instituto de Olhos de Belo Horizonte, a detecção e o tratamento precoce são fundamentais para garantir o desenvolvimento saudável da visão e da autoestima infantil. “O desenvolvimento visual acontece principalmente entre o nascimento e os sete anos de idade. Quando o estrabismo não é tratado nesse período, o cérebro tende a suprimir a imagem de um dos olhos para evitar a confusão entre as duas visões. Esse processo pode levar à ambliopia, uma perda funcional e permanente da visão”, explica o médico.
Além dos impactos na saúde ocular, a condição pode comprometer o desenvolvimento emocional e social da criança. “Crianças com estrabismo podem sofrer isolamento e bullying desde muito cedo. Isso interfere na autoimagem, na autoestima e até na capacidade de se relacionar ao longo da vida. Há estudos que mostram que o estrabismo não tratado pode afetar a empregabilidade na vida adulta, especialmente entre as mulheres, que ainda enfrentam maior pressão estética”, observa o oftalmologista.
Em casos diagnosticados após os sete anos — quando a visão já está completamente desenvolvida —, o estrabismo pode provocar visão dupla (diplopia) e confusão visual, o que impacta atividades como leitura, estudo, trabalho e direção de veículos.
Segundo o especialista, o estrabismo também pode ser um sinal de outras condições mais graves. “Como os olhos estão diretamente conectados ao cérebro, essa situação pode indicar alterações neurológicas, endocrinológicas ou até traumas e tumores. Em alguns casos, é o primeiro sintoma visível de um problema maior”, alerta o Dr. Galton.
A detecção precoce é o principal fator de sucesso no tratamento. “Quanto antes o estrabismo é identificado, maiores são as chances de alinhamento ocular adequado e recuperação da visão binocular, que é a visão tridimensional. O ideal é que o diagnóstico ocorra nos primeiros anos de vida, aproveitando a plasticidade cerebral da criança”, explica.
Entre os sinais de alerta para os pais estão o fechamento frequente de um dos olhos, especialmente sob luz intensa, dificuldade de foco e alterações perceptíveis na direção do olhar. “O exame oftalmológico completo é essencial, e o teste do olhinho, realizado ainda na maternidade, também pode indicar indícios de estrabismo. Por isso, é fundamental manter o acompanhamento regular com o oftalmologista pediátrico”, reforça.
O especialista lembra ainda que o estrabismo pode ter origem multifatorial — envolvendo herança genética, erros refrativos (como miopia ou hipermetropia), inflamações oculares ou alterações anatômicas. “Por mais simples que pareça, qualquer sinal deve ser investigado. A boa notícia é que, quando diagnosticado é tratado a tempo, o estrabismo tem grandes chances de correção completa e de recuperação da visão”, finaliza o Dr. Galton Carvalho Vasconcelos, oftalmologista do IOBH – Instituto de Olhos de Belo Horizonte.
Saúde
Doença inflamatória tem controle e o tratamento é garantido nos hospitais do SUS, dentre eles, o Humap-UFMS
Dores contínuas, rigidez nos membros e cansaço intenso. Esses são alguns dos primeiros sinais da artrite reumatoide, uma doença autoimune inflamatória que afeta diretamente a autonomia e o bem-estar. Mesmo crônica, ela pode ser controlada com o tratamento adequado, que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste Dia Mundial de conscientização (12 de outubro), especialistas dos Hospitais da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) reforçam como o diagnóstico ágil e o acompanhamento multiprofissional melhoram as condições de saúde e a funcionalidade no dia a dia desses pacientes.
A dor é persistente, inclusive à noite, e costuma vir acompanhada de inchaço e rigidez, mas é principalmente sentida nas primeiras horas do dia (chamada rigidez matinal). A doença pode ser causada por fatores genéticos, infecções e tabagismo, informa o médico. O sistema imunológico ataca as articulações, gerando a inflamação crônica. Junto à avaliação clínica, os exames laboratoriais e de imagem (como raio-x e ultrassonografia) auxiliam o diagnóstico.
Tratamento
O reumatologista Márcio Reis, do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), esclarece que a artrite reumatoide pode surgir em qualquer idade, inclusive na infância, mas é mais comum entre os 30 e 50 anos, e afeta mais mulheres do que homens.
O especialista também aponta que o tratamento busca dois objetivos principais: aliviar os sintomas (dor e inflamação) e evitar a progressão da doença. “O tratamento melhora a dor e evita deformidades. Esse é um ponto importante: conseguimos evitar, mas, uma vez que alguma deformidade apareça, ela é irreversível. Por isso, temos que tratar o mais precocemente possível”, explica.
Os medicamentos para tratamento estão disponíveis pelo SUS (metotrexato, sulfassalazina e leflunomida). Em casos mais graves, o paciente pode ter acesso a imunobiológicos (de alto custo, produzidos por tecnologia de engenharia genética), que também estão disponíveis na rede pública. Ainda há um terceiro grupo de remédios, os inibidores da JAK, remédios de alvo específico que atuam reduzindo a inflamação. Todas as substâncias devem ser prescritas por médico.
Artrite é diferente de artrose
“Antigamente, infelizmente, a artrite levava a deformidades graves. Com diagnóstico precoce e com os tratamentos modernos, isso não ocorre mais”, descreve o reumatologista Roberto Ranza, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Segundo o médico, a artrite reumatoide atinge principalmente as articulações periféricas, como mãos, punhos, joelhos e tornozelos, mas é sistêmica, ou seja, está presente no corpo inteiro.
Apesar de nomes e sintomas parecidos, a artrite é diferente da artrose. Enquanto a artrite reumatoide é a inflamação direta das articulações, a artrose é uma doença degenerativa e compromete a cartilagem (tecido que envolve os ossos nas articulações). Ou seja, na artrose, o tempo vai desgastando a cartilagem e o atrito entre os ossos causa a dor. “Na artrose, a dor vem do movimento, do uso das articulações. Já na artrite, a dor é contínua, 24 horas por dia”, explica Ranza.
Movimento e qualidade de vida
A dor e a perda de mobilidade provocadas pela artrite exigem, além do tratamento medicamentoso, o atendimento multidisciplinar. “Os principais obstáculos são a dor intensa e a rigidez articular, sobretudo a rigidez matinal, que torna o simples ato de levantar e começar o dia extremamente difícil. Além disso, a inflamação dificulta tarefas manuais que exigem destreza, como abotoar roupas ou abrir potes”, exemplifica o fisioterapeuta Rossini Lucena, do Hospital Universitário Júlio Bandeira, da Universidade Federal de Campina Grande (HUJB-UFCG).
O acompanhamento fisioterapêutico é um dos pilares que ajudam a reduzir a dor e a evitar deformidades. Os exercícios, conforme aponta Rossini, preservam a mobilidade das articulações em três aspectos: “Primeiro, os alongamentos mantêm a amplitude de movimento, impedindo que os tecidos fiquem rígidos; segundo, o fortalecimento muscular cria uma proteção ao redor das articulações, estabilizando e reduzindo a sobrecarga; e, por fim, a atividade física de baixo impacto ajuda a diminuir a inflamação geral, o que reduz a dor e encoraja o movimento”, detalha.
Apoio é fundamental para conviver com a doença
Nilma Rodrigues, de 69 anos, enfrentou 12 anos de sintomas sem diagnóstico. “Eu não fazia ideia do que estava acontecendo. Sentia dor, inchaço, rigidez, mas não sabia o motivo”, conta. O diagnóstico veio em 1994, quando tinha 38 anos, com o início do acompanhamento reumatológico no HC-UFU.
Hoje, Nilma leva uma vida com boa capacidade funcional e conta que busca manter hábitos saudáveis, com pilates três vezes por semana e alimentação equilibrada, e o seu tratamento pelo Hospital. Além das consultas e exames, ela realiza infusões mensais com medicamento fornecido pelo SUS.
Nilma escolheu dar um novo significado ao enfrentamento da doença e foi uma das fundadoras e atual presidente da Associação dos Reumáticos de Uberlândia e Região (ARUR), que oferece apoio a pacientes. Ela destacou que informação e apoio são essenciais para conviver com a artrite: “Orientamos as pessoas sobre a importância do protagonismo com a patologia e que a adesão ao tratamento, a realização de atividade física e a ajuda psicológica são pontos fundamentais pra qualidade de vida”, afirma.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh
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