Agronegócios
BB ameaça cortar cortar crédito de quem pedir recuperação judicial
O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta terça-feira (28.10) que poderá cortar o acesso a crédito para produtores rurais que busquem recuperação judicial, ampliando o impacto das mudanças no cenário de financiamentos agropecuários no país.
Segundo Felipe Prince, vice-presidente do banco, quem optar pelo recurso legal dificilmente conseguirá novas linhas de crédito, postura que gerou debate entre líderes do segmento. Prince alerta que esse caminho pode impedir o produtor de viabilizar a safra seguinte, já que bancos consideram o risco elevado para esse perfil.
O contexto sinaliza crescente pressão sobre os produtores. Levantamento da Serasa Experian revela alta de mais de 30% nos pedidos de recuperação judicial no setor rural entre abril e junho deste ano, com maior incidência em estados chave da produção agrícola como Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.
Para especialistas, regras do mercado permitem que bancos recusem crédito a quem está sob recuperação judicial, pois cada instituição determina suas próprias políticas de risco. Assim, a restrição abre caminho para concorrentes buscarem espaço entre produtores que precisam renegociar dívidas, mas pode dificultar ainda mais a recuperação de quem depende dessas linhas para seguir produzindo.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócios
Atenção: nova etapa da Declaração de Rebanho entra em vigor neste sábado
A partir deste sábado, 1º de novembro, começa oficialmente a segunda etapa da Declaração de Rebanho de 2025 em Goiás, conforme determina a Portaria nº 564/2025 publicada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). O prazo para atualização cadastral segue aberto até 31 de dezembro, envolvendo os produtores rurais dos 246 municípios do estado.
A medida é obrigatória para quem mantém animais das espécies bovina, bubalina, equina, muar, asinina, caprina, ovina, suína, aves de subsistência, aquáticos e abelhas. Segundo especialistas, o monitoramento preciso dos rebanhos ganhou relevância adicional nos últimos anos, à medida que o agronegócio goiano busca consolidar sua credibilidade nos mercados nacional e internacional.
“Ter o retrato fiel do nosso rebanho é fundamental para antecipar riscos e direcionar melhor os esforços de vigilância, principalmente em tempos de controle rigoroso de doenças como brucelose, febre aftosa e influenza aviária”, avalia o diretor de Defesa Agropecuária da Agência, Rafael Vieira. Para o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, a mobilização dos produtores é estratégica: “É um ato coletivo de responsabilidade e de fortalecimento do agronegócio goiano, que depende diretamente da capacidade de garantir a sanidade dos animais e, consequentemente, o acesso fluido a mercados exigentes.”
Na prática, os produtores devem fazer a declaração preferencialmente online, pelo Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). Quem tiver dificuldade pode recorrer presencialmente à rede de Unidades Operacionais Locais da Agrodefesa. A partir do início do prazo, novas regras entram em vigor: o trânsito de animais fica proibido entre propriedades não declaradas, e as Guias de Trânsito Animal (GTAs) perdem validade após 31 de outubro, exceto nos casos de abate imediato.
A expectativa do setor é fortalecer programas de controle sanitário e prevenir fraudes documentais, num momento em que consumidores e parceiros comerciais estão cada vez mais atentos à procedência e segurança dos alimentos. Quem descumprir o prazo estará sujeito a sanções previstas na legislação estadual, reforçando o recado de que a credibilidade sanitária de Goiás depende do engajamento de todos os elos da cadeia produtiva.
Serviço
- Quando: de 1º de novembro a 31 de dezembro de 2025
- Onde declarar: Sidago ou presencialmente nas Unidades Operacionais Locais da Agrodefesa
Fonte: Pensar Agro
Agronegócios
Estado adere à plataforma Selo Verde visando aumentar exportações
Com exportações que somaram aproximadamente R$ 45 bilhões em 2024 (considerando a cotação média de R$ 6,00 para o dólar do ano passado), Mato Grosso do Sul dá um passo estratégico ao aderir à plataforma Selo Verde. O objetivo é manter o acesso a mercados internacionais, especialmente a União Europeia, que respondeu por cerca de 11% do total exportado.
O acesso a esse mercado, no entanto, está ameaçado pela entrada em vigor do Regulamento Europeu para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, na sigla em inglês), que exige rastreabilidade ambiental rigorosa e comprovação de que não há desmatamento após 31 de dezembro de 2020. Embora a fiscalização efetiva tenha sido prorrogada por seis meses, com início previsto apenas para junho de 2026, o regulamento começa a valer já no próximo 30 de dezembro de 2025, colocando pressão imediata sobre exportadores brasileiros para adequarem seus processos e comprovar conformidade socioambiental.
O Selo Verde é um sistema inteligente de rastreabilidade socioambiental desenvolvido pelo Centro de Inteligência Territorial da Universidade Federal de Minas Gerais (CIT/UFMG) com apoio do programa europeu AL-INVEST Verde.
Analistas do setor alertam que, sem comprovação de conformidade, o estado corre risco de perder mercados estratégicos e limitar o acesso de grandes exportadores e pequenos fornecedores integrados à cadeia — impacto que repercute diretamente nas receitas estaduais e no saldo da balança comercial.
A iniciativa, oficializada em termo de cooperação firmado com representantes da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), do Imasul e do Governo de Minas Gerais, marca um divisor de águas no esforço regional para atender padrões de transparência e conformidade ambiental impostos por regulamentos como o EUDR (European Union Deforestation Regulation).
Com a plataforma, Mato Grosso do Sul passa a mapear em tempo real as áreas rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), consolidando informações sobre uso do solo, cobertura vegetal, regularidade ambiental e localização precisa das propriedades. A tecnologia permite verificar e comprovar que a produção de soja, milho e carne bovina não envolve desmatamento após 31 de dezembro de 2020, exigência central do novo marco europeu.
“Não estamos apenas ajustando processos, mas elevando o padrão competitivo do setor”, afirma o secretário Jaime Verruck, da Semadesc. “Sem dados e rastreabilidade, o risco de bloqueio ou restrição do acesso ao mercado europeu é concreto, e isso pode resultar em prejuízo bilionário para as cadeias exportadoras do estado.”
Segundo estimativas do setor, a União Europeia responde por até 30% das exportações sul-mato-grossenses de soja e proteínas animais, movimentando bilhões de reais anuais. Em 2024, o agronegócio estadual exportou cerca de R$ 18 bilhões, sendo metade para destinos que já exigem conformidade socioambiental certificada.
Além de aumentar as chances de continuidade dos embarques e evitar gargalos regulatórios, a plataforma fortalece a imagem do produto brasileiro, agregando valor e diferenciando o estado na disputa global por mercados mais exigentes em transparência e governança. A adoção do Selo Verde também estimula avanços em inovação, digitalização e eficiência no campo, alinhando Mato Grosso do Sul à tendência mundial por uma economia de baixo carbono e ativa no cumprimento de metas ambientais.
A expectativa do governo sul-mato-grossense é que o sistema, já em operação em Minas Gerais e referência em boas práticas de compliance socioambiental, seja rapidamente integrado à realidade dos produtores sul-mato-grossenses, consolidando o estado como protagonista nacional em exportações sustentáveis.
Fonte: Pensar Agro
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