Agronegócios
Selic em 14,25% ao ano exige maior planejamento financeiro

O aumento da taxa Selic pressiona os custos de financiamento para micro e pequenas empresas, tornando essencial um planejamento financeiro eficiente. Com juros mais altos, empreendedores precisam revisar suas estratégias para evitar endividamento e garantir a sustentabilidade dos negócios.
Para auxiliar nesse cenário, o Sebrae oferece cursos e consultorias voltadas à gestão financeira e ao acesso ao crédito. A maioria das capacitações está disponível gratuitamente na plataforma digital da instituição, permitindo que empresários aprendam sobre planejamento financeiro, fluxo de caixa e melhores opções de financiamento. Além dos cursos, o Sebrae atua no Programa Acredita, facilitando o acesso ao crédito por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), que prevê R$ 30 bilhões em operações nos próximos três anos.
Essas formações incluem orientações sobre como revisar o planejamento financeiro, avaliar linhas de financiamento disponíveis e adotar estratégias para reduzir os impactos das taxas de juros elevadas.
O Sebrae disponibiliza cursos online e presenciais em diversas áreas da gestão financeira e acesso ao crédito. As capacitações podem ser acessadas gratuitamente por meio da plataforma digital da instituição, que permite que os empreendedores estudem de forma flexível e no seu próprio ritmo. Algumas formações mais específicas podem ter custos, mas a maioria das iniciativas voltadas para micro e pequenos negócios é gratuita.
Entre os conteúdos oferecidos, destacam-se:
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Educação financeira para pequenos negócios: aborda conceitos essenciais para organizar as finanças da empresa e melhorar a gestão do fluxo de caixa.
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Acesso ao crédito: ensina como identificar as melhores opções de financiamento e como utilizar os recursos de forma estratégica.
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Planejamento financeiro: orienta empreendedores na construção de um plano financeiro eficiente para enfrentar oscilações econômicas.
Além dos cursos, o Sebrae também oferece consultorias individuais e ferramentas para ajudar os empresários na tomada de decisão financeira.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócios
Vacinação contra raiva de herbívoros começa em 1º de maio

Produtores rurais de Goiás devem ficar atentos: a campanha de vacinação contra a raiva de herbívoros começa no dia 1º de maio e vai até 15 de junho. A ação é obrigatória para 119 municípios classificados como de alto risco para a doença. Devem ser vacinados todos os animais, de todas as idades, das espécies bovina, bubalina, equídea (equinos, muares e asininos), caprina e ovina.
Essa será a última campanha com caráter obrigatório em Goiás, conforme determina a Portaria nº 246/2025 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). A partir de julho, a vacinação passará a ser estratégica: obrigatória apenas em propriedades onde houver foco confirmado da doença e recomendada em áreas próximas, num raio de até 12 quilômetros.
Deixar de vacinar pode trazer prejuízos para o produtor, já que o descumprimento das regras pode gerar multas e impedir a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento indispensável para transportar animais dentro e fora do estado.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta, reforça a importância da imunização. “A raiva é uma zoonose grave, com alta letalidade. A vacinação protege o rebanho, evita prejuízos sanitários e econômicos e também preserva a saúde humana”, destaca. Além disso, o controle dos morcegos hematófagos, principais transmissores do vírus, é fundamental para prevenir a doença.
As vacinas devem ser compradas entre 29 de abril e 15 de junho em revendas cadastradas junto à Agrodefesa. Esses locais são responsáveis por manter o controle do estoque no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) e garantir que os imunizantes sejam armazenados de forma correta, respeitando a cadeia de refrigeração.
O Serviço Veterinário Oficial fará fiscalizações semanais nas revendas. Se o produtor adquirir a vacina fora de Goiás, será preciso apresentar a nota fiscal eletrônica para comprovar a origem do produto.
Além da vacinação, todos os produtores goianos — dos 246 municípios do estado — precisam declarar o rebanho até o dia 30 de junho. A declaração é obrigatória e deve ser feita no Sidago, usando o login e senha do responsável pela propriedade.
É necessário informar o número total de animais, além de nascimentos, mortes e qualquer outra alteração no rebanho ocorrida durante o período. Quem não declarar pode sofrer sanções e ter dificuldades para emitir documentos obrigatórios.
Em caso de dúvidas, os produtores podem procurar a unidade da Agrodefesa mais próxima ou entrar em contato pelo telefone 0800 646 1122.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócios
Cepea/Abiove diz que a agroindústria foi o grande motor do agronegócio em 2024

Um levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em parceria com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), mostrou que a agroindústria foi o grande destaque, com crescimento de 8,31%, ano passado. O valor gerado passou de R$ 81,3 bilhões para R$ 88 bilhões.
O principal motor desse avanço foi a indústria do biodiesel, que praticamente dobrou de tamanho. O valor produzido subiu de R$ 4,7 bilhões para R$ 10 bilhões — um salto de 110,56%. A indústria de rações também cresceu bem, saindo de R$ 10,6 bilhões para R$ 12 bilhões, alta de 13,73%. Já o processamento da soja, com esmagamento e refino, ficou estável, movimentando cerca de R$ 66 bilhões.
No campo, no entanto, o cenário foi mais difícil. A safra de soja somou 147,7 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Apesar de ser a segunda maior da história, a quebra de produtividade causada pelo clima prejudicou o desempenho geral da cadeia.
O valor total movimentado pela cadeia produtiva da soja e do biodiesel em 2024 foi de R$ 650,4 bilhões — R$ 22 bilhões a menos que no ano anterior, uma queda de 5,03%. A perda foi puxada, principalmente, pela redução na produção agrícola e na demanda por serviços ligados ao setor.
Mesmo assim, os pesquisadores destacam que o resultado é o segundo maior da história, ficando atrás apenas de 2023, quando o setor teve crescimento de 23%. Ou seja, apesar da retração, a cadeia segue forte e resiliente.
Outro ponto positivo é que, apesar da queda no PIB-renda de 3,27% em 2024, o setor ainda registra resultados melhores do que antes da pandemia. A recuperação dos preços da soja em grão, do óleo de soja e do biodiesel nos últimos meses ajudou a sustentar a renda dos produtores.
O estudo mostra que a soja processada dentro do Brasil gera muito mais valor do que a exportação do grão cru. Para cada tonelada de soja processada, o PIB gerado foi de R$ 8.108, enquanto para a soja exportada in natura, o valor ficou em apenas R$ 1.738 — 4,67 vezes menor.
Esses números reforçam a importância de incentivar o processamento interno, agregando mais valor à produção rural e gerando mais empregos.
O número de pessoas empregadas na cadeia produtiva caiu 3,2% em 2024, fechando o ano com 2,26 milhões de trabalhadores. A maior queda foi no setor de agrosserviços e na produção primária de soja, reflexo direto da quebra da safra.
Por outro lado, a agroindústria teve alta de 20,71% no número de ocupados, impulsionada pela expansão da produção de biodiesel, rações e pelo processamento de soja. Outro dado interessante é o aumento no número de trabalhadores com ensino superior, especialmente na indústria, indicando uma profissionalização cada vez maior do setor.
No comércio exterior, a cadeia da soja e do biodiesel exportou 124,1 milhões de toneladas em 2024, uma queda de 2,54% em volume. Em valor, a redução foi mais expressiva: queda de 19,69%. O total exportado caiu de R$ 385 bilhões em 2023 para cerca de R$ 309 bilhões em 2024.
A redução dos preços internacionais da soja, de 17,6%, foi o principal motivo para a queda no valor exportado.
Mesmo assim, a China continuou como principal compradora, levando 59% das exportações. A soja em grão representou 73,4% das compras chinesas, e o glicerol, 78,7%. Já o óleo de soja foi mais direcionado para a Índia, e o farelo teve a União Europeia, o Sudeste Asiático e o Oriente Médio como principais destinos.
Entre os produtos, o farelo de soja foi o único a registrar crescimento no volume exportado, subindo 2,94%.
Com a quebra da safra, o Brasil precisou importar mais soja e subprodutos para atender à demanda interna. As importações da cadeia cresceram 338,09% em 2024, mostrando que, mesmo sendo um dos maiores produtores do mundo, a falta de grão no mercado interno exige atenção.
O ano de 2024 deixou lições importantes para o produtor rural brasileiro. A industrialização da produção e a diversificação dos produtos, como o biodiesel e a fabricação de rações, mostraram ser caminhos promissores para agregar valor e proteger a renda.
Além disso, ficou claro que investir em tecnologia, qualificação da mão de obra e gestão eficiente da propriedade são estratégias fundamentais para enfrentar anos difíceis como o que passou.
Mesmo com os desafios, o setor segue firme, sendo peça essencial para o agronegócio brasileiro, representando 23,8% do PIB do agro e 5,5% do PIB nacional em 2024.
O futuro reserva boas oportunidades para quem investir em inovação, qualidade e processamento. A força da soja e do biodiesel continua sendo um dos motores do crescimento rural no Brasil.
Fonte: Pensar Agro
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