Mato Grosso do Sul
MS avança na garantia de cidadania a pessoas privadas de liberdade com ação nacional de identificação civil

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), está dando mais um importante passo para maior inclusão social e garantia de direitos fundamentais da população privada de liberdade, com a implementação da Ação Nacional de Identificação Civil e Emissão de Documentos para as Pessoas Privadas de Liberdade.
A iniciativa visa combater o sub-registro entre a população carcerária, promover a individualização da pena e contribuir para melhoria na gestão prisional.
Implementada pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a ação integra o Programa Fazendo Justiça, sob coordenação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e é realizada em parceria com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com o apoio da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) e outras instituições, como a Receita Federal do Brasil.
Um treinamento com policiais penais foi realizado em Campo Grande nesta semana, conduzido por equipes técnicas do CNJ e do TSE. O foco foi capacitá-los para a utilização dos kits biométricos, mobilizá-los sobre a importância da ação e, assim, dar início à etapa da identificação civil das internas no EPFIIZ (Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi), unidade-piloto do projeto.

Ao todo, foram distribuídos 28 kits biométricos à Agepen, com base na demanda identificada. O escopo da ação são as unidades de regime fechado, onde os reclusos estão em total privação de liberdade e, portanto, sem possibilidade de buscar sua regularização documental.
O chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação da Agepen, Pedro Alosio Viol, explicou que, após o treinamento, o cadastramento dos internos em Campo Grande será iniciado, com posterior expansão ao interior do estado. Os policiais penais treinados também atuarão como multiplicadores da iniciativa.

A assistente técnica da Área de Documentação Civil e Identificação, do Programa Fazendo Justiça (CNJ/PNUD), Fernanda Falcão, ressaltou a importância da ação para a reintegração social dos reclusos. “A documentação constitui o ingresso do indivíduo na sociedade e viabiliza o acesso à políticas públicas, além do pleno exercício da cidadania.”, frisou a representante do CNJ/PNUD, uma das responsáveis pelo treinamento dos servidores da Agepen.
Segundo ela, o objetivo é que os egressos deixem o sistema prisional com a documentação em mãos.
As informações coletadas durante a ação serão incorporadas à Base de Dados da Identificação Civil Nacional, gerida pelo TSE, assegurando a confiabilidade para a futura emissão de documentos. Este processo reforça a eficiência e segurança das informações civis no país.
Entre as inovações viabilizadas pela integração nacional, está a uniformização do uso de biometria em todo o país para garantir maior confiança nos que serão utilizados para a emissão dos documentos.
Outras frentes
De acordo com o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, o estado já possui um trabalho consolidado de emissão de documentos à população carcerária.
O dirigente explica que existe um trabalho sistemático de emissão da segunda via da Certidão de Nascimento a todos custodiados que necessitam, por meio de parcerias da Agepen.
Há também o projeto de emissão da CIN (Carteira de Identidade Nacional), o novo modelo do RG (Registro Geral), em convênio com a Polícia Científica, cujos focos são internos que estão mais próximos da progressão de regime ou da conquista da liberdade, bem como àqueles que não possuem o documento ou cuja validade ultrapasse 10 anos.
Para o dirigente, o acesso à documentação facilita encaminhamento dos custodiados e egressos ao trabalho e inserção em cursos profissionalizantes, permitindo maior exercício da cidadania.
“Com esses novos mecanismos da ação nacional, podemos implementar, ainda mais, este trabalho que já vem sendo realizado”, finaliza o diretor-presidente.

Comunicação Agepen
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Após 15 anos desativado, Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Originários é retomado em MS

Com representantes das oito etnias que compõem a diversidade da população indígena de Mato Grosso do Sul, o Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Originários foi reativado pela Secretaria de Estado da Cidadania.
Depois de 15 anos de pausa, os trabalhos da entidade foram retomados com a posse dos novos membros, titulares e suplentes, realizada na quinta-feira (24), no auditório da Cidadania, em Campo Grande.

“Para nós é um momento muito representativo e histórico. Eu venho da luta do movimento indígena, e sei o quanto é importante a gente poder dar voz às representações presentes no Estado. Mato Grosso do Sul tem a terceira maior população do Brasil, e é fundamental retomarmos este espaço de participação social para dialogar com as instâncias de governo, seja municipal, estadual ou federal”, enfatizou o subsecretário de Políticas Públicas para Povos Originários, Fernando Souza.
O subsecretário explicou que além da retomada na atuação, o Conselho passou por reformulações, a começar pelo nome que de CDI (Conselho dos Direitos Indígenas), foi reeditado para Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Originários, mantendo a composição paritária, 50% dos conselheiros vem de órgãos governamentais e os outros 50% da sociedade civil organizada.
“O Conselho contempla todas as oito etnias do Estado reconhecidas pela Funai. Neste formato, nós também garantimos as especificidades que temos de forma regional, trazendo para esse espaço as vozes das mulheres, da juventude, dos idosos, acadêmicos, professores e lideranças. Vocês, que estão na base, vão trazer para cá as demandas, para construirmos as proposições, no sentido de prover políticas públicas efetivas, fortes e estruturantes que promovam a cidadania de fato”, completa Fernando.

Uma das mais jovens conselheiras empossadas, Talita Vilharva Cáceres, de 27 anos, da Aty Guassu, a Assembleia do Povo Guarani Kaiowá, fala da representatividade presente no Conselho. “Para mim, é um sonho realizado estar aqui e trazer, por exemplo, políticas públicas tanto para os jovens quanto para a comunidade em geral”, frisa.
Secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, lembra que a reativação do Conselho era parte do plano de governo de Eduardo Riedel, e que segue a premissa de que as políticas públicas precisam ser pensadas de dentro para fora.
“Quando falamos sobre a retomada de um conselho estadual, no qual as oito etnias do Estado estão representadas, mostra o respeito que o Governo tem para com todas as comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. É um dia histórico e que marca o início do trabalho que vai reunir e discutir com todas as secretarias e etnias uma forma de integração”, completa Viviane.
O Conselho

O Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Originários é um órgão colegiado de deliberação coletiva, vinculado à Secretaria de Estado, responsável pelas políticas públicas para os povos originários e tem como finalidade promover no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul as políticas que visam e garantem o respeito aos direitos da população indígena, assim como a sua inserção social e a defesa de seus interesses.
Os conselheiros empossados nesta quinta-feira (24), representando as entidades governamentais, são:
Secretaria de Estado da Cidadania
TITULAR: Viviane Luiza da Silva
SUPLENTE: Eranir Martins de Siqueira
Subsecretaria de Políticas Públicas para Povos Originários TITULAR: Fernando da Silva Souza
SUPLENTE: Élcio Júlio da Silva
Agehab (Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul)
TITULAR: Willyan Oliveira da Silva
SUPLENTE: Flávia Cristina Anderson de Angelo
Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) TITULAR: Gildete Ferreira Lima
SUPLENTE: Rosimeire Carvalho Taniguchi
Fundação da Cultura de Mato Grosso do Sul
TITULAR: Douglas Alves da Silva
SUPLENTE: Elisangela C. Maria do Nascimento
Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas)
TITULAR: Elvisclei Polidório
SUPLENTE: Tonico Benites
Funtrab (Fundação do Trabalho)
TITULAR: Márcia Campos
SUPLENTE: Esaú Rodrigues de Aguiar Neto
Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais
TITULAR: Dionédison Demécio Cândido
SUPLENTE: Érica Paes Pereira
Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos TITULAR: Andréa Lúcia Cavararo Rodrigues
SUPLENTE: Rosemary Farias da Silva
Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica
TITULAR: Karla Martins Cavalcanti
SUPLENTE: Eliane Flores
Secretaria de Estado de Educação
TITULAR: Elciney Flôres
SUPLENTE: Tania Nugoli Moraes
Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul
TITULAR: Roseli Ortega
SUPLENTE: Celso Chastel Silva
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública
TITULAR: Cel QPPM Wagner Ferreira da Silva
SUPLENTE: 3º Sgt QPPM Bruno Maciel Pessoa da Silva
Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação
TITULAR: Humberto de Mello Pereira
SUPLENTE:
Secretaria de Estado de Saúde
TITULAR: Aparecida Queiroz Zacarias Silva
SUPLENTE: Geani Almeida
Secretaria de Saúde Indígena
TITULAR: Damásio Gregório Filho
SUPLENTE: Nayo Hernandes de Morais Holgado
Os conselheiros empossados nesta quinta-feira (24), representando a sociedade civil são:
Aty Guassu (Assembleia do Povo Guarani Kaiowá)
TITULAR: Talita Vilharva Cáceres
SUPLENTE: Germano Lima Alziro
Aty Jovem RAJ/MS (Juventude Guarani-Kaiowá)
TITULAR: Dayane Fernandes
SUPLENTE: Lucimar Sanabrio Centurião
Associação de Mulheres Indígenas Pantanal
TITULAR: Danieli Luiz de Souza
SUPLENTE: Creuza Vergílio
Associação de Mulheres Indígenas Conesul
TITULAR: Flávio Arino Nunes
SUPLENTE: Emislene Mariano
Assembleia do Povo Terena
TITULAR: Valcélio Figueiredo
SUPLENTE: Maioque Rodrigues Figueiredo
Povos Originários em Contexto Urbano
TITULAR: Lisio Lili
SUPLENTE: Luciene Bernardo Gallo
Fórum Estadual de Educação Escolar Indígena/MS
TITULAR: Cledeir Pinto Alves
SUPLENTE: Flaviano Franco
Organização do Povo Terena da Grande Dourados
TITULAR: Anderson Mamede
SUPLENTE: Atanázio Correa Junior
Povo Guarani
TITULAR: Cajetano Vera
SUPLENTE: Roberto Carlos Martins
Povo Kaiowá
TITULAR: Jorge Gomes
SUPLENTE: Silvio Ortiz
Povo Terena
TITULAR: Célio Francelino Fialho
SUPLENTE: Janis Reginaldo
Povo Kadiwéu
TITULAR: Joel Vergilio Pires
SUPLENTE: Eudes de Souza Abicho
Povo Guató
TITULAR: Evaldo Natanael Ramos Malves
SUPLENTE: Laucidio Correia da Costa
Povo Kinikinau
TITULAR: Joel Marques
SUPLENTE: João Moreira Anastácio
Povo Atikum
TITULAR: Marinalva Conceição Vicente
SUPLENTE: Enock Vicente da Silva
Povo Ofayé
TITULAR: Silvano de Moraes
SUPLENTE:
Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania
Fonte: Governo MS
Mato Grosso do Sul
Contrato de gestão: Sejusp apresenta avanços na segurança pública em reunião com a Segov

Neste ano, secretaria assumiu 14 compromissos que estão em pleno andamento
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apresentou o desempenho do contrato de gestão para a pasta em 2025 durante reunião, na quinta-feira (24), com a equipe da Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo (Segem). O encontro teve como objetivo avaliar os resultados já alcançados e alinhar os próximos passos dos projetos estratégicos previstos para este ano.
Neste ciclo, a Sejusp tem o desafio de executar 14 projetos, entre eles o MS em Ação: Segurança e Cidadania – SEJUSP, iniciativa realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Cidadania. O projeto tem como foco facilitar o acesso a serviços gratuitos, promovendo inclusão social e melhoria na qualidade de vida dos povos originários. Na última edição, realizada no início de abril, na Aldeia Porto Lindo, em Japorã, mais de 3 mil atendimentos gratuitos foram prestados à comunidade indígena.
Outro compromisso de destaque é a criação de novos Conselhos Comunitários de Segurança Indígenas, uma iniciativa que já está presente em 16 aldeias de Mato Grosso do Sul. Os conselhos são considerados instrumentos fundamentais para aproximar a segurança pública das comunidades indígenas e fortalecer ações conjuntas que contribuam para o bem-estar e a proteção social dos povos originários.
O contrato de gestão da Sejusp também contempla metas do Programa Mulher Segura (PROMUSE), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Entre os compromissos firmados, destaca-se a intensificação de operações voltadas à busca, apreensão e prisão de autores de violência doméstica, ampliando a proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Os compromissos também passam pela estruturação dos batalhões ambientais, ampliação do policiamento ostensivo em Campo Grande, estruturação do patrulhamento rural, instalação de salas lilás, inclusão social na identificação civil, além de projetos que contemplam a Superintendência de Assistência Socioeducativa.
“O andamento está dentro do previsto, e a expectativa é de que os avanços continuem nos próximos meses”, avaliou o secretário-executivo da Segem, Thaner Castro Nogueira.
O secretário da Sejusp, Antonio Carlos Videira, também ressaltou a importância da atuação integrada e do foco nos resultados:
“Estamos comprometidos com uma gestão eficiente, que entregue resultados concretos para a população. Os projetos em andamento reforçam nossa missão de garantir segurança ao povo sul-mato-grossense”, afirmou Videira.
Iniciado em 2015 com o objetivo de estabelecer metas claras e compromissos anuais para cada secretaria, fundação e autarquia do governo estadual, o contrato de gestão celebra dez anos em 2025 e é coordenado pela Segem.
Também participaram da reunião e apresentaram avanços em seus respectivos contratos representantes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Comunicação Sejusp
Fonte: Governo MS
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