Agronegócios
Irrigação muda realidade de fazenda em Mato Grosso do Sul e é tema de encontro inédito com principais especialistas do país

1º Encontro de Irrigação da Costa Leste do MS vai apresentar case de transformação de áreas de pasto e cana em lavouras irrigadas altamente produtivas
Em meio à coloração típica do cerrado e das pastagens no período de seca, o verde de uma propriedade de 1.300 hectares chama a atenção, quase como um oásis, em Selvíria, no leste de Mato Grosso do Sul.
De Três Lagoas, cidade conhecida pela produção de gado e pelo eucalipto que abastece as fábricas de celulose, até à fazenda São José da Terra Roxa, são 70 quilômetros.
Banhada por dois rios (Paraná e Pântano), o solo da propriedade sempre foi de boa qualidade, mas, como a maioria das áreas da região, nessa época do ano, sofria com a queda na produtividade devido à falta de chuvas.
Inconformado com os resultados, o empresário rural Murilo Moura de Paula, terceira geração de uma família tradicionalmente pecuarista, decidiu buscar na tecnologia de irrigação uma forma de mudar essa realidade.
A solução veio através da criação de uma nova empresa para atender 16 municípios da região: a LAND Irrigação, revendedora da marca Valley (líder mundial do setor), do grupo norte-americano Valmont.
De 2017 até hoje, foram implementados oito pivôs centrais de irrigação na propriedade. O resultado? A transformação da paisagem, mas, principalmente, da produtividade e das atividades da fazenda.
Hoje a área produz soja, milho, sorgo, trigo e feijão, num total de 784 hectares irrigados. Outros sete pivôs já instalados em áreas vizinhas arrendadas pela família, totalizam 1500 hectares irrigados. O projeto já contratado, no entanto, prevê a irrigação de um total de 2.500 hectares.
Encontro inédito
A parceria bem sucedida na propriedade da família motivou Murilo a promover, através da revenda LAND Irrigação, pela primeira vez na região, um encontro sobre irrigação.
No próximo dia 1º de setembro, a fazenda será sede do evento que vai reunir os principais nomes e especialistas do país como o engenheiro agrícola Ricardo Gava, doutor em irrigação e drenagem e Felipe Vieira, vice-presidente da Valley, para a América Latina.
Na programação também estão previstas palestras sobre a concessão de outorgas, viabilidade de energia elétrica e o potencial agrícola de Mato Grosso do Sul para a irrigação.
Com vagas limitadas, o convite gratuito e mais detalhes da programação podem ser solicitados através do whatsapp 67 99891-1471 (ou simplesmente clicando em http://wa.me/5567998911471).
“Estamos preparando um evento para compartilhar, com muita sinceridade, nossos erros e acertos mas também para apresentar o que há de mais inovador e acessível em tecnologia de irrigação”, ressaltou Murilo.
Serviço
1º Encontro de Irrigação da Costa Leste de Mato Grosso do Sul
Pivôs Centrais: Implantação, Transformação e Resultados
Realização: LAND Irrigação | Valley
Local: Fazenda São José da Terra Roxa – Selvíria – MS
Horário: dia 1º de setembro, das 09h às 17h30 (Horário de Brasília)
Programação e Convites: 67 99891-1471 com Raissa
Patrocinadores: Solinftec, Manejo Consultoria em Agronegócio, MS Integração, New Holland, Brasil Verde Irrigação, GA, Komet e AgroFértil
Agronegócios
FIDCs impulsionam o agronegócio e garantem previsibilidade financeira

No primeiro semestre de 2025, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) alcançaram R$ 687 bilhões em patrimônio líquido, o que representou um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.
Especialistas apontam que esse avanço reflete a crescente demanda por soluções financeiras mais ágeis e previsíveis, especialmente em setores como o agronegócio, que representa quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juros elevados, volatilidade climática e aumento no custo de insumos têm pressionado os produtores rurais, tornando os FIDCs uma alternativa interessante para viabilizar investimentos e manter a produção em expansão.
Na prática, os FIDCs permitem que os produtores rurais e empresas do setor agrícola transformem seus recebíveis — valores a receber de vendas futuras, como da produção de grãos, carnes ou sucos — em capital imediato. Isso significa que, em vez de esperar meses para receber o pagamento de uma safra ou de contratos comerciais, o agricultor ou cooperativa pode antecipar esses recursos, garantindo caixa para custear insumos, mão de obra e investimentos em tecnologia e maquinário.
A estrutura desses fundos, que pode envolver múltiplos cedentes e múltiplos sacados, oferece flexibilidade e segurança jurídica, permitindo que diferentes tipos de crédito sejam aceitos como lastro. O produtor rural sente o efeito direto no planejamento da safra. Ele passa a ter previsibilidade financeira, consegue negociar melhor com fornecedores e enfrentar períodos de maior incerteza com menos risco.
Além disso, os FIDCs contribuem para reduzir a dependência de linhas de crédito públicas e programas governamentais, oferecendo uma forma de financiamento mais adaptada às particularidades do campo. Com recursos estruturados, os produtores podem investir em práticas mais sustentáveis, melhorar a produtividade e até diversificar culturas, sem comprometer o fluxo de caixa da propriedade.
O crescimento desses fundos também sinaliza ao mercado que há espaço para inovação no financiamento agrícola. Ao integrar recursos privados e mecanismos de securitização de recebíveis, os FIDCs permitem que o agronegócio brasileiro continue se expandindo, mesmo em um cenário econômico desafiador, fortalecendo a competitividade internacional do setor e garantindo estabilidade financeira para produtores de diferentes portes.
Fonte: Pensar Agro
Agronegócios
RenovaBio consolida avanço da produção de biocombustíveis

O avanço da política de descarbonização no Brasil, impulsionado pelo RenovaBio, tem mostrado resultados expressivos na redução de emissões, mas também começa a expor tensões entre a sustentabilidade ambiental e a eficiência econômica do agronegócio. O alerta veio à tona após a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) impor restrições a distribuidoras de combustíveis que não cumpriram as metas de compra de créditos de descarbonização (CBIOs).
A medida, que proíbe o fornecimento de combustíveis a empresas inadimplentes, acendeu uma luz amarela no setor produtivo. Segundo parlamentares e representantes do agro, há risco de repasse de custos logísticos e aumento do preço do diesel, afetando diretamente a competitividade da produção agrícola brasileira — especialmente em regiões dependentes do transporte rodoviário para escoar safras.
Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, especialistas defenderam a importância do RenovaBio como um instrumento estratégico para o país cumprir compromissos climáticos e fomentar tecnologias agrícolas mais limpas. O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, destacou que o programa já evitou a emissão de mais de 150 milhões de toneladas de CO₂ desde sua criação. “O RenovaBio é uma política que nasceu da pesquisa e da inovação. Ele mostra que a agricultura pode ser parte da solução climática, não do problema”, afirmou.
Alonso ponderou, no entanto, que a previsibilidade regulatória é essencial para o sucesso do modelo. “O crédito de descarbonização remunera quem reduz emissões. Mas, se o mecanismo gerar distorções que comprometam o abastecimento ou os custos do transporte, a cadeia produtiva como um todo perde eficiência. É preciso equilíbrio”, avaliou o pesquisador.
Atualmente, cada CBIO equivale a uma tonelada de carbono que deixa de ser emitida, e pode ser negociado no mercado financeiro. O instrumento estimula investimentos em biocombustíveis e tecnologias agrícolas de baixo carbono, gerando retorno econômico para produtores e usinas certificadas. Mas, na prática, as sanções aplicadas pela ANP levantaram dúvidas sobre o impacto de curto prazo nos preços dos combustíveis e no custo do frete rural.
O deputado Sebastião Medeiros, que convocou o debate, defendeu ajustes no modelo de cobrança para que as metas ambientais não resultem em desequilíbrios econômicos. “O Brasil é referência em agricultura sustentável, mas não pode penalizar quem produz e transporta os alimentos. Precisamos de regras que mantenham a credibilidade do RenovaBio sem prejudicar a competitividade do agro”, afirmou.
Para a Embrapa, o desafio agora é transformar os resultados ambientais em ganhos econômicos duradouros, com estímulos à inovação e à diversificação de matérias-primas — de biogás a combustíveis marítimos sustentáveis. “O CBIO tem potencial de financiar novas fronteiras tecnológicas e novos polos industriais próximos às regiões agrícolas. Isso pode gerar emprego, renda e reduzir emissões de forma estrutural”, concluiu Alonso.
PRA ENTENDER – O RenovaBio é a Política Nacional de Biocombustíveis, criada por lei em 2017. O objetivo central é estimular a produção e o uso de biocombustíveis de forma sustentável, reduzir emissões de carbono e aumentar a eficiência energética do setor. Ele funciona assim:
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Cada produtor ou distribuidor de biocombustível recebe créditos de descarbonização (CBIOs), que representam uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida ao substituir combustível fóssil por biocombustível.
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Esses créditos podem ser negociados no mercado, gerando receita extra e incentivando tecnologias e práticas agrícolas de baixo carbono.
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O programa cria um elo direto entre agricultura e indústria energética, porque incentiva o uso sustentável da biomassa agrícola para produzir combustíveis, como etanol, biodiesel, diesel renovável, biogás, biometano, e até biobunker para transporte marítimo.
Fonte: Pensar Agro
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