O Governo de Mato Grosso do Sul atualizou, excepcionalmente nesta semana, o grau de risco dos 79 municípios – referentes à 47ª semana epidemiológica do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) e enviou novas recomendações aos prefeitos com validade até o dia 5 de dezembro. A iniciativa de antecipar a troca de bandeiras antes do fim da quinzena se deve ao expressivo aumento de municípios na faixa vermelha. Com relação à semana anterior (46ª), 38 municípios mantiveram, 10 municípios melhoraram e 31 municípios pioraram seu grau de risco.
Secretário Riedel pede a colaboração da população para conter o avanço da doença no Estado
Para o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Côrrea Riedel, a situação é preocupante e requer atenção redobrada: “Mais uma vez pedimos à população que não se aglomere e que observe as medidas de biossegurança para não sobrecarregarmos nosso sistema de saúde e, principalmente, comprometer a vida das pessoas. Infelizmente a pandemia está novamente em crescimento no nosso Estado e precisamos concentrar esforços neste combate”, enfatizou. “Há 16 dias tínhamos 206 pessoas internadas pela doença e hoje temos 406, praticamente o dobro. Estamos voltando ao mesmo patamar de quando a doença exigiu de todos nós um grande esforço para conter a doença”, alertou também o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, na live desta sexta-feira (27) de atualização dos dados do Covid-19 no Estado.
Mapa Situacional
O mapa situacional das quatro macrorregiões de Saúde (Corumbá, Campo Grande, Três Lagoas e Dourados), referente à 47ª Semana Epidemiológica (15 a 21/11), apresenta 13 municípios na faixa de risco tolerável (amarela), 44 municípios no grau médio (bandeira laranja) e 22 no grau de risco alto (bandeira vermelha). Nenhuma cidade apresentou grau de risco extremo (bandeira cinza) ou baixo (bandeira verde).
Para gerar essa classificação, o programa avalia indicadores municipais relacionados à disponibilidade de leitos de UTI, quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por Covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, necessidade de expansão de leitos e situação de fronteira com país ou divisa com Estado que tenha aumento de casos.
Sobre o Prosseguir – Programa do Governo Estadual que classifica os municípios em faixas de cores, de acordo com o grau de risco que cada cidade apresenta (de baixo a extremo), traz recomendações de medidas no âmbito da Saúde Pública, de Serviços Públicos e do Social a fim de nortear agentes da sociedade, principalmente entes públicos, a tomarem suas decisões e tornarem suas ações mais eficientes no combate à propagação e aos impactos da Covid-19.
Metodologia do Programa
Periodicidade – A cada duas semanas são enviados relatórios com recomendações para todos os municípios, baseadas nos dados do fim da semana (último sábado), obtidos pelo cruzamento dos indicadores de Vigilância Epidemiológica, Saúde e Impacto Econômico.
Alimentação dos Dados – A atualização dos dados que compõem os indicadores é de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde de cada município, de forma que o atraso ou o não fornecimento das informações compromete a avaliação situacional do município.
Mudança de Bandeiras – Seguindo as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), embora o monitoramento dos dados seja diário, com reunião semanal de análise, os municípios só podem mudar de cor (faixa) após 14 dias – mesmo que os dados diários indiquem a mudança de situação. Quando a mudança de situação for para melhor, a metodologia prevê que não se pode ‘pular’ faixas (por exemplo, mudar diretamente da faixa laranja para a verde sem passar pela amarela). Já quando a mudança de situação for para pior, permite-se ‘pular’ bandeiras (sair da amarela e ir diretamente para a vermelha, por exemplo), devido à urgência na adoção de medidas.
Classificação de Risco das Atividades Econômicas – A Classificação de Risco das Atividades Econômicas (em baixo, médio e alto) também pode ser alterada a qualquer momento pelo Comitê Gestor, pautada em justificativa técnica com foco na melhoria dos resultados da matriz de risco (conforme artigo 10 do Decreto nº 15.462 de 25/06/2020).
Divulgação – A atualização do mapa situacional será divulgada periodicamente no site www.coronavirus.ms.gov.br.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica. Mapa: Marketing/ Governo MS.
A onça pintada capturada na região da Serra do Amolar, em novembro do ano passado, e trazida para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) para curar as queimaduras sofridas no incêndio que atingiu o Pantanal, está prestes a retornar ao seu habitat. A soltura está programada para essa quinta-feira (21), no início da tarde, na mesma região em que foi encontrada. Antes, o animal passou pela última bateria de exames, foi pesada e ganhou um colar para monitoramento via satélite.
Os veterinários do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) montaram uma operação especial para os últimos procedimentos médicos e a soltura da onça. Na tarde dessa quarta-feira (20) o animal foi sedado e recolhidas amostras de sangue para exames. A pesagem mostrou uma recuperação excelente, na avaliação do responsável técnico do CRAS, veterinário Lucas Cazati. “Está com 87 quilos, praticamente dobrou o peso desde que chegou aqui”, conta.
Os exames realizados mostraram que a onça está pronta para voltar ao seu habitat
A onça – um macho com aproximadamente dois anos de idade – chegou ao CRAS no dia 4 de novembro, após ter sido resgatada por equipes de organizações não governamentais que atuam no Pantanal. “Estava debilitada, anêmica, com queimaduras de segundo e terceiro graus nas quatro patas, e os exames revelaram ainda pneumonia difusa aguda por conta da aspiração da fumaça e a presença de um projétil alojado na região da costela”, conta Lucas.
Eram, na verdade, duas onças aproximadamente da mesma idade que foram resgatadas na mesma ocasião. A outra, também macho, não resistiu e morreu horas depois de chegar ao CRAS. No exame de necropsia foi encontrado um projétil de arma de fogo alojado próximo aos pulmões, o que pode ter contribuído para o óbito, na opinião de Cazati. Essa outra onça também estava com os pulmões bastante comprometidos pela fumaça, com queimaduras nas patas e debilidade.
A reabilitação
A onça sobrevivente permaneceu por dois meses e meio no CRAS, passou por quatro baterias de exames “que demonstraram gradualmente a melhora do animal”. Nesse trabalho os técnicos do CRAS contaram com apoio de instituições como a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e organizações não governamentais. As queimaduras nas patas foram tratadas com aplicação de ozônio e a cicatrização foi completa. “Já está de alta faz algum tempinho”, disse Cazati. Só aguardava o momento certo para retornar ao habitat. Enquanto isso, a onça consumia cerca de 7 quilos de carne por dia, demonstrando preferência por peixes.
O colar vai permitir o monitoramento via satélite do animal (Foto: João Prestes)
A volta à Serra do Amolar acontecerá nessa quinta-feira (21) em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). A onça volta com o dobro do peso e um acessório importante: um colar para monitoramento via satélite que vai permitir acompanhar seu deslocamento e saber se ela segue um padrão de atividade considerado normal para a espécie. O colar foi implantado pelo pesquisador da UFMS, Gediendson Ribeiro de Araújo, especialista no assunto, e será monitorado por pesquisadores do Cenap (Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Carnívoros) e do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro).
A coleira contém uma bateria e um chip que a cada hora emite um sinal, capturado pelo satélite e retransmitido ao software de monitoramento. “O sinal nos permite saber qual o percurso transcorrido pelo animal durante o dia, se tem se alimentado, quantas horas tem descansado”. Com base em dados de outros felinos da espécie, é possível saber se essa onça estará apresentando um comportamento considerado normal. A bateria deve durar cerca de um ano e meio.
A previsão do tempo, para os próximos dias, é de manutenção das áreas de instabilidades em Mato Grosso do Sul, o que deve provocar ainda mais chuvas em todo o Estado.
O município de Corumbá, por exemplo, já registrou três vezes mais volume de chuva do que o esperado para o mês que era de 145,4mm. Nesta terça-feira, dia 19, Nioaque teve que decretar situação de emergência, foram 510 milímetros em apenas quatro dias. Resultado: enxurradas, alagamentos e inundações. Cerca de 60 pessoas foram desalojadas.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedesc) está alertando à população, em especial as ribeirinhas, para que fiquem atentos. O subtenente Antunes orienta que se a água começar a invadir a residência é importante buscar abrigo imediatamente e entrar em contato com a Defesa Civil municipal.
A Defesa Civil de Mato Grosso do Sul possui um serviço gratuito para envio de alertas de desastres naturais. Os interessados podem enviar mensagem de texto para o número 40199 com o CEP da residência.