Dezoito dias se passaram e o devoto Ivanor Tobias da Cruz, de 56 anos, entrou em território paulista com muita história para contar. Muito bem recebido em alguns locais e maltratado em outros, principalmente por conta da intolerância religiosa, diz que intercala dias em que é acolhido, recebe alimento, enquanto em outros recebe ordem para que não permaneça ali. Nessa quarta-feira (10), no início da noite, chegou ao município de Andradina (SP), a 370 km de Campo Grande.

“Fui muito bem recebido assim que cheguei em Andradina, graças a Deus. Estou na casa de uma família, que pertence a um dentista. Ele me acolheu, dormi bem e estou descansando. O sol anda muito quente, o asfalto e estou com bolhas nos pés e cuidando, então decidi descansar para continuar amanhã. Estava tão quente estes dias que derreteu até as rodas do carrinho onde levo minhas coisas, mas, vamos arrumar aqui e daí eu já continuo a caminhada”, afirmou Ivanor ao MidiaMAIS.

Segundo Ivanor, assim que entrou em território paulista parou para descansar no Posto Sertanejo. “Lá eu fui muito bem tratado. Me deram lugar para tomar banho, ofereceram a melhor comida do restaurante. Não fizeram nem marmita, me deixaram comer no self-service. E eu ando meio com vergonha, ressabiado, porque tem muita intolerância por aí, mas, lá foi maravilhoso. E depois fui recebido nessa casa de família, para colocar os pés na salmoura e descansar”, ressaltou.

De acordo com o devoto, no início desta semana, chegou a ser expulso de um chalé. “Disse que só caminhoneiro podia dormir lá, então, dez na noite tive que seguir a caminhada. Levantei, peguei minhas coisas e andei mais uns dois a três quilômetros. Quando passou o pedágio eu dormi embaixo de uma árvore. Mas continuo firme na caminhada, nada mais me atinge e vou com fé, força e coragem”, argumentou.

PASSAGEM POR TRÊS LAGOAS/MS

Desde o início, quando Ivanor tinha decidido pagar a promessa, sabia que pararia um tempo nesta casa. “Eles queriam receber a visita da Santa e lá já tinha o cantinho dela. Eu sempre falo que Nossa Senhora me chama para ir nas casas mais simples e humildes. Fui muito bem recebido, passei pelo médico também e foi bom que a minha esposa veio me trazer uma nova mala. Agora, estou voltando firme e forte para a estrada”, disse.

Conforme Ivanor, não importa o que as pessoas estão pensando sobre ele e sim que pretende “terminar o que começou e pagar o que deve”. O percurso, feito até o momento, completa 15 dias nesta segunda-feira (8) e agora o devoto segue a caminhada de 900 quilômetros, rumo a Aparecida, no interior de São Paulo.

“Foi muito bom encontrar com ele e matar um pouquinho da saudade. O difícil foi ver ele ir embora, mas, está tudo bem graças a Deus. Meu marido passou por uma bateria de exames em Três Lagoas e está tudo bem com o físico dele. Houve um mal-estar, mas, era emocional e agora está tudo bem”, confirmou a vendedora autônoma Patricia Souza Cruz, de 44 anos.

Passagem próximo ao Distrito de Arapuá na BR 262, com ajuda da PM de Arapuá e da PRF, o peregrino consegue ajuda no Restaurante de Garcias

Por Midiamax

São Paulo, 29 de março de 2024 – A partir deste sábado (30), a CESP – Companhia Energética de São Paulo, seguindo determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e do Ministério de Minas e Energia, inicia redução da vazão mínima defluente na UHE Porto Primavera, localizada no rio Paraná, na divisa dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A medida é parte de uma ação conjuntural dos órgãos e busca minimizar o risco de esvaziamento mais acentuado dos reservatórios da bacia do Paraná, incluindo os reservatórios dos rios Grande e Paranaíba, preservando os usos múltiplos da água e a segurança eletroenergética do País.

De acordo com a determinação do ONS, o patamar mínimo defluente deverá ser reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 m³/s para 3.900 m³/s até quarta-feira (03), podendo se estender até o fim de outubro de 2024. Para executar a operação, a CESP implementará Plano de Trabalho apresentado ao IBAMA que contempla as diretrizes para o monitoramento ambiental ao longo de 100 km do rio Paraná, nos trechos compreendidos entre a jusante da UHE Porto Primavera e a foz do rio Ivinhema.

“A CESP trabalha pautada no desenvolvimento sustentável e na preservação da biodiversidade, assim como na conservação dos nossos recursos hídricos. Durante todo o período de operação, equipes multidisciplinares, com ampla experiência na área de ecologia, estarão à frente das atividades de monitoramento, avaliação e rastreio de possíveis ocorrências ambientais. A população pode comunicar qualquer ocorrência identificada para a empresa pelos nossos canais de atendimento”, destaca Luís Paschoalotto, Gerente Executivo de Geração da CESP.

Para esclarecimentos de dúvidas e relatos de ocorrências é possível entrar em contato pelo WhatsApp (11) 93032-6699, canal Diálogo Aberto de atendimento à comunidade do entorno da UHE Porto Primavera.